O grupo em que Portugal está inserido neste Campeonato do Mundo começou "em branco", com um empate a zero entre o Uruguai e a Coreia do Sul.
Mesmo assim, o Uruguai, que tem um grupo de jogadores com potencial para fazer bem mais, ainda acertou nos ‘ferros’ da baliza coreana por duas vezes, enquanto a formação de Paulo Bento protagonizou a melhor situação de golo de toda a partida, ainda na primeira parte.
Este nulo deixa Portugal com a possibilidade de terminar a ronda na liderança isolado do grupo, mas para isso tem de bater ainda hoje o Gana, em Doha.
O empate terá agradado ao selecionador português Fernando Santos, assim como as exibições de Coreia do Sul e Uruguai, que mostraram que são totalmente acessíveis para a seleção portuguesa, caso a formação das ‘quinas’ consiga, claro, alcançar o nível esperado.
No Estádio Education City, a desilusão maior veio sobretudo do Uruguai, já que esteve demasiado dependente dos lances individuais de figuras como Darwin (ex-Benfica), Luís Suarez e Valverde, demonstrando muitas dificuldades na construção de lances ofensivos.
Na primeira parte, os sul-americanos até tiveram mais bola, mas quase sempre no seu setor defensivo. Para a frente, foram raros os momentos em que a equipa de Diego Alonso conseguiu fazer mais de dois, três passes seguidos, situação que foi dando alguma confiança à Coreia do Sul.
Nesta fase, Paulo Bento ‘abusou’ de um bloco defensivo com todos os 10 jogadores atrás da linha da bola, incluindo a ‘estrela’ Son, a atuar com uma mascara de proteção na cara devido a um cirurgia recente a um olho.
Foi preciso chegar aos últimos minutos da primeira parte para assistir, finalmente, a algum perigo junto das balizas e foi neste período que a Coreia do Sul protagonizou o grande lance de golo na partida.
Após centro da direta, Uijo Hwang apareceu completamente solto junto da marca de grande penalidade, mas atirou por cima, para o desespero de Paulo Bento.
Pouco depois, na marcação de um canto, o veterano Godin acertou com estrondo no poste, neste caso, para alívio do técnico português.
Estes dois lances prometiam agitar a segunda parte, com os adeptos à espera de uma mudança de atitude das duas seleções, mas tudo manteve-se na mesma.
Coreia do Sul a ter a bola e sem arte para ‘furar’ a defensiva sul-americana e o mesmo acontecendo com o Uruguai.
Foi, aliás, preciso chegar aos 72 minutos para assistir ao primeiro remate de toda a segunda parte, num lance sem perigo de Jung.
Quando o 0-0 era mais que certo, aos 90 minutos, num remate de ‘raiva’, Valverde ainda acertou com estrondo na barra de Seunggyu Kim, mas o encontro chegaria ao fim sem golos, sem antes Paulo Bento ser admoestado com um cartão amarelo por protestos junto do árbitro.
Jogo no Estádio Education City, em Al Rayyan.
Uruguai – Coreia do Sul, 0-0.
Equipas:
- Uruguai: Rochet, Martin Cáceres, Godín, Giménez, Olivera (Viña, 78), Valverde, Bentancur, Vecino (Nico de la Cruz, 78), Pellistri (Varela, 88), Luis Suárez (Cavani, 64) e Darwin Núñez.
Selecionador: Diego Alonso.
- Coreia do Sul: Kim Seunggyu, Kim Moonhwan, Kim Minjae, Kim Younggwon, Kim Jinsu, Jung, Hwang, Na (Kang in Lee, 74), Lee Jaesung (Son Junho, 74), Son Heung Min e Hwang Uijo (Cho Guesung, 74).
Selecionador: Paulo Bento.
Árbitro: Clément Turpin (França).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Martin Cáceres (57 minutos) e Cho Guesung (88).
Assistência: 41.663 espetadores.
(Com Lusa)