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40 profissionais de saúde da Guiné-Conacri enviados para a RD Congo

por Lusa
Kenny Katombe - Reuters

Cerca de 40 profissionais de saúde da Guiné-Conacri foram enviados para a República Democrática do Congo (RD Congo) para ajudar nos esforços para travar a propagação do Ébola, que já provocou 27 mortos, incluindo uma enfermeira.

"Cerca de quarenta agentes de saúde guineenses já se deslocaram para a República Democrática do Congo, com autorização de Kinshasa e sob a égide da Organização Mundial da Saúde (OMS)", declarou hoje o representante da OMS em Conacri, Georges Ki-Zerbo.

Os profissionais guineenses são, de acordo com Ki-Zerbo, "pessoal para a vacinação, agentes encarregados de monitorização após a vacinação, epidemiologistas que irão rastrear os contactos de pessoas infetadas pelo vírus Ébola, bem como especialistas da comunicação sobre os riscos, mobilização social e prevenção de infeções".

"Estes trabalhadores têm experiência de campo e já estão na região de Mbandaka," cidade de 1,2 milhão de habitantes, localizada 700 quilómetros de Kinshasa, afirmou o responsável da OMS.

As autoridades congolesas anunciaram hoje o início de uma campanha de vacinação em Mbandaka e, a 26 de maio, em Bikoro epicentro da epidemia, localizado a 600 quilómetros de Kinshasa.

O ministro da Saúde do Congo, Oly Ilunga, anunciou no domingo a campanha de vacinação e também relatou que uma enfermeira morreu devido ao Ébola em Bikoro, elevando o balanço para 27 mortos.

Até ao momento, há 49 casos possíveis de febre hemorrágica, sendo que 22 já estão confirmados como Ébola e outros 27 casos são suspeitos.

Oly Ilunga disse que dois pacientes recuperaram da doença e voltaram para casa.

A epidemia de Ébola mais violenta da história atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortes em cerca de 29.000 casos, mais de 99% na Guiné, Libéria e na Serra Leoa. A OMS foi, na altura, fortemente criticada pela resposta lenta neste surto.

"A epidemia na África Ocidental ensinou-nos, em particular, a importância da mobilização da comunidade para superar toda a relutância, a importância de estar vigilante até ao fim. Devemos considerar uma epidemia desse tipo como um incêndio florestal e, portanto, é necessário controlar todas as cadeias de transmissão", explicou Georges Ki-Zerbo.

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