O fogo alastra na Amazónia. Partes da maior floresta do Mundo estão a arder e o presidente do Jair Bolsonaro disse que as queimadas ilegais estão a ser investigadas, mas insistiu que as organizações ambientalistas são suspeitas de atear o fogo de propósito para denegrirem a sua imagem.
Os governantes destas regiões falam de deflorestações ilegais e de queimadas não autorizadas mas o presidente do Brasil continua a lançar suspeitas sobre os ambientalistas.
A vizinha Bolívia, que também abarca parte da floresta Amazónica, pede ajuda internacional para combater os fogos que já destruíram mais de 500 mil hectares.
As imagens recolhidas nesta sexta-feira, na região sul da Amazónia, no Estado brasileiro de Rondônia, mostram um fumo muito espesso.
O incêndio é tão evidente que é visível a partir do espaço. A NASA divulgou imagens de satélite que provam que o número de incêndios deste ano pode ser um recorde.
Não terá sido por falta de aviso: o próprio Instituto brasileiro de pesquisas espaciais disse que entre janeiro e agosto as queimadas aumentaram 83% em relação ao mesmo período do ano passado. No início de Julho o governo brasileiro foi confrontado com estes dados mas Bolsonaro disse que os números eram manipulados.
Desde que foi eleito que o mundo e os brasileiros sabiam que as preocupações climáticas não eram uma prioridade. Admirador de Donald Trump voltou a afirmar que o Brasil pode também sair do Acordo de Paris.
As vozes críticas fizeram-se ouvir na semana do Clima da ONU na América Latina e Caraíbas quando o ministro brasileiro tentava discursar.