A escolha de Bolsonaro para embaixador nos EUA? O filho

por RTP
Reuters

O Presidente brasileiro pretende nomear o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América. É amigo "dos filhos do Trump, fala inglês, fala espanhol", diz Jair Bolsonaro. A representação do Brasil em Washington está sem embaixador desde abril, quando o diplomata Sérgio Amaral foi transferido para o escritório do Ministério das Relações Exteriores do Brasil em São Paulo.

"É uma coisa que está no meu radar, sim, existe essa possibilidade", disse o Presidente brasileiro. "No meu entender, poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente em Washington".

Para justificar a escolha, o Presidente do Brasil argumenta que o filho é "amigo dos filhos de Trump fala inglês, fala espanhol, tem vivência muito grande de mundo".

"Já foi pensado no passado, levamos em conta custo e benefício. Como a situação seria compreendida naquele país. Fiquei pensando: imagina se estivesse aqui no Brasil o filho do Macri (Maurício Macri, Presidente da Argentina) como embaixador da Argentina. Obviamente, que o tratamento dado a ele seria diferente de outro embaixador, normal", afirmou.

Para tal acontecer, Eduardo Bolsonaro, o terceiro filho do Presidente brasileiro, terá de renunciar ao mandato de parlamentar para assumir a função de embaixador. Algo que, para ele, não seria um problema.

Em entrevista à GloboNews disse que vai "cumprir da melhor maneira" a missão que receber do "Presidente", "onde quer que for". "Quero conversar com o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e com o Presidente antes de falar alguma coisa, até porque não recebi nada oficial. Mas a missão que o Presidente me der, eu vou cumprir da melhor maneira, onde for", afirmou.

Questionado sobre o facto de não ter experiência diplomática, Eduardo Bolsonaro disse que tal não será impedimento. "Não sou diplomata de carreira, não fiz concurso público, mas depende da missão que o Presidente vai passar. Muitas vezes, é até comum que isso aconteça, os países entendem que uma indicação política demonstra um compromisso maior na aproximação da relação entre os países".

"Acredito que a nomeação ou indicação de uma pessoa tão próxima ao Presidente seria vista com bons olhos pelo lado americano e daria a confiabilidade necessária para que venhamos a desenvolver um trabalho resgatando o crédito do Brasil no exterior", disse o ainda parlamentar à GloboNews.
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