A Inteligência Artificial está a ajudar na procura de uma vacina. Mas luta contra um forte adversário
Tudo neste dias tem sido anormal. A pandemia, que parou o mundo, algo impensável até agora. Hospitais sobrelotados, com falta de ventiladores, e o número de mortes a aumentar diariamente. Por todo o globo, milhões de pessoas estão isoladas, a lutar por um objetivo comum. Acabar com o vírus. No mesmo sentido, também os gigantes da tecnologia estão a ajudar. Colocaram à disposição a enorme capacidade dos seus supercomputadores e inteligência artificial para se encontrar uma vacina para o novo coronavírus. Mas nesse caminho comum estão a encontrar um forte adversário. As grandes farmacêuticas.
Ao longo dos últimos anos as grandes farmacêuticas têm tido um papel fundamental e crucial para a sociedade, com a criação de vacinas e medicamentos para várias doenças. Um trabalho que, claro está, tem também um enorme retorno financeiro associado.
Habituadas a este controlo, diz Ara Darzi que as farmacêuticas estão agora com alguma dificuldade em libertarem e partilharem toda a informação que têm com as empresas de tecnologia. Não querem perder tesouro.
Logo, apesar do enorme esforço que está a ser feito a nível mundial para se encontrar, o mais rápido possível, uma solução para esta pandemia, esta dificuldade em partilhar informação pode estar a atrasar a criação de uma vacina ou de medicamentos.
A Organização Mundial de Saúde tem afirmado, com persistência, a necessidade de se partilhar informação a nível global sobre este vírus. Em parte isso tem sido feito, mas não será de estranhar que, a cada conferência de imprensa, a OMS insiste nessa necessidade.
Por esta altura existem já dezenas de testes a serem realizados na busca pela vacina, mas também por terapias no combate à Covid - 19. E a melhor forma para identificar drogas que sejam eficazes é com a utlização da inteligência artificial. Isto porque torna-se possível tratar milhões de dados a uma rapidez única e nunca vista até hoje.
O que Ara Darzi diz, neste artigo no The Guardian, é que algumas das grandes farmacêuticas não estão a partilhar toda a informação das pesquisas que estão a desenvolver. Faz mesmo uma comparação com as milhares de pessoas que correram para o supermercado para comprar papel higiénico. Arrecadam para que outros não possam ter. Ou seja, não partilham toda a informação para que sejam elas a criar a droga certa ou a vacina para a Covid-19.
A verdade é que a inteligência artificial está já a ajudar na busca por uma solução para esta pandemia. Ainda no mês passado, lê-se no artigo, um dos supercomputador mais rápidos do mundo, o Summit da IBM, identificou 77 compostos que são potenciais candidatos no tratamento da doença.
E na semana passada uma plataforma de inteligência artificial, com base em Singapura, identificou seis drogas, já aprovadas para utilização dos humanos para outras situações, que podem ajudar no combate à Covid-19.
No final, e assim termina o texto o cirurgião Ara Darzi, por maior que seja o poder de computação, as máquinas vão estar sempre dependentes da informação que é partilhada.
E na semana passada uma plataforma de inteligência artificial, com base em Singapura, identificou seis drogas, já aprovadas para utilização dos humanos para outras situações, que podem ajudar no combate à Covid-19.
No final, e assim termina o texto o cirurgião Ara Darzi, por maior que seja o poder de computação, as máquinas vão estar sempre dependentes da informação que é partilhada.
E essa está em grande parte com as farmacêuticas.