Acidentes de viação em Angola mataram 1.181 pessoas no primeiro semestre

por Lusa

Pelo menos 1.181 pessoas morreram nas estradas de Angola no primeiro semestre de 2018, em consequência de 5.275 acidentes, que causaram 5.632 feridos, com os atropelamentos a liderar as tipicidades, seguidos de colisões e capotamentos, anunciou hoje a polícia angolana.

Os dados foram avançados em Luanda pelo chefe do departamento de Segurança de Trânsito e Prevenção Rodoviária da Direção Nacional de Viação e Trânsito de Angola, superintendente chefe António Pinduca, que se manifestou "preocupado" com os números da sinistralidade no país.

Segundo António Pinduca, no primeiro semestre de 2018 foram registados 5.275 acidentes, menos 63 do que em idêntico período do ano anterior.

O número de mortes desceu para 1.181, menos 185 do que nos primeiros seis meses de 2017.

Segundo o oficial da polícia de trânsito, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de balanço do ciclo de palestras sobre a sinistralidade rodoviária de dezembro de 2017 a agosto de 2018, os atropelamentos lideram as ocorrências, com 37,6% do total de acidentes.

"De realçar que, aqui, os atropelamentos são as principais causas de morte, estando na linha da frente com 37,6% do total de acidentes, com 32,6% de total de mortes e com 30,9% do total de feridos", indicou.

Em relação à natureza de acidentes, depois dos atropelamentos surgem as colisões entre automóveis e as entre automóveis e motociclos, explicou.

António Pinduca lamentou a constante presença de mortes nas colisões entre automóveis e motociclos, recordando, porém, que os atropelamentos se traduzem na principal preocupação das autoridades.

"Esta é a nossa principal preocupação por serem, nos últimos tempos, as ocorrências que mais vidas ceifam. Só a nível de acidentes, estamos a falar de 1.985 atropelamentos. Das 1.181 mortes, 385 foram por atropelamento", realçou.

"Isto é preocupante e daí o nosso apelo aos automobilistas para o excesso de velocidade, a atenção aos locais de travessia e ainda aos peões nos cuidados a ter durante a travessia", acrescentou.

Diante do quadro "sombrio", o chefe do departamento de Segurança de Trânsito e Prevenção Rodoviária da Direção Nacional de Viação e Trânsito de Angola apelou a "uma conjugação de esforços de todos os atores da sociedade".

"Para reduzirmos este fenómeno, que é a segunda causa de mortes no país e a primeira causa de feridos, precisamos do contributo de todos. Esta atividade que fizemos com o Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) e com o Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM) vai continuar", assegurou.

O ciclo de palestras sobre sinistralidade rodoviária organizado pelo CIAM, INEA e a Direção Nacional de Viação e Trânsito foi realizado em vários municípios de Luanda entre dezembro de 2017 e agosto de 2018.

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