Aeroporto de Hong Kong apela a manifestantes que poupem passageiros nos protestos

por Lusa
Anushree Fadnavis - REUTERS

O aeroporto de Hong Kong pediu hoje aos manifestantes pró-democracia que poupem os milhares de passageiros nos protestos previstos para este fim de semana, num anúncio publicado no jornal South China Morning Post.

No anúncio, com o título "Poupem os nossos passageiros a mais perturbações", a entidade que gere aquele que é um dos aeroportos mais movimentados do mundo avisa os manifestantes que há uma ordem judicial que proíbe protestos em toda a zona que circunda a infraestrutura.

"Voltamos a apelar aos manifestantes que não prejudiquem a jornada de dezenas de milhares de viajantes que usam o nosso aeroporto todos os dias", pode ler-se na publicação.

A mesma entidade justificou o anúncio face aos "repetidos apelos na Internet a incitar ao bloqueio do trânsito para o aeroporto este fim de semana".

Razão pela qual se aconselha os passageiros a estarem atentos às notícias e informação sobre o trânsito, bem como a tomarem medidas de precaução para que cheguem a tempo ao aeroporto.

No mesmo anúncio, recorda-se as ações que voltaram a causar sérios constrangimentos às operações no aeroporto no domingo, desde atos de vandalismo no comboio que garante a ligação rápida entre a cidade e aquela infraestrutura, os bloqueios de estradas e os cortes nos serviços de autocarros, forçando muitos dos passageiros a terem que se deslocar a pé.

Apesar do Governo de Hong Kong ter anunciado a retirada formal das emendas à lei da extradição, que motivaram protestos desde junho, os ativistas pró-democracia já garantiram que os protestos iriam continuar.

Motivados pela proposta que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental, os protestos evoluíram para uma campanha pró-democracia, durante a qual mais de um milhar de pessoas foram detidas, entre elas proeminentes ativistas e deputados.

Neste momento, restam quatro reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

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