Alemanha continua a liderar pedidos de asilo na UE em 2017

por Lusa
Michaela Rehle - Reuters

A Alemanha voltou em 2017 a ser o país da União Europeia com mais pedidos de asilo, com 222.560 solicitações registadas, seguida da Itália (128.850), indica um relatório apresentado hoje em Bruxelas.

De acordo com os dados do Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo (EASO), a França é o terceiro país com mais pedidos de asilo registados em 2017, 99.330.

Apesar de se manter à frente dos 28 pelo sexto ano consecutivo, a Alemanha registou em 2017 uma diminuição nos pedidos de asilo de 70% em relação a 2016, quando foram apresentados 750.000.

A União Europeia (UE) recebeu no ano passado 728.470 solicitações de proteção internacional, o que representa uma diminuição de 44% em relação a 2016, embora se mantenha a um nível mais alto do registado antes da crise dos refugiados de 2015.

Espanha recebeu 31.120 pedidos em 2017, face a 15.755 no ano anterior, devido sobretudo ao aumento dos pedidos de cidadãos venezuelanos.

A pressão migratória nas fronteiras externas da UE manteve-se alta, de acordo com o relatório, que refere a diminuição dos fluxos migratórios pelo segundo ano consecutivo nas rotas do Mediterrâneo oriental e central, enquanto a do Mediterrâneo ocidental registou um aumento sem precedentes.

A maioria dos requerentes de asilo à União procedia da Síria (108.040), Iraque (52.625) e Afeganistão (49.280), seguidos dos nacionais do Paquistão, Eritreia, Albânia, Bangladesh, Guiné-Conacri e Irão.

Em 2017, como no ano anterior, cerca de dois terços dos requerentes de asilo eram homens e metade do total tinha entre 18 e 35 anos. Quase um terço eram menores, na maioria de origem síria.

O relatório do EASO indica também o aumento dos pedidos de cidadãos da Geórgia e da Venezuela, tendo sido este último o país com o maior aumento de solicitações em 2017, que atingiram as 12.020.

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