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Alemanha. Detidos 12 suspeitos de planearem ataques contra políticos e refugiados

por RTP
A polícia realizou buscas em 13 locais ligados aos suspeitos em seis Estados alemães Foto: Hannibal Hanschke - Reuters

As autoridades alemãs detiveram esta sexta-feira 12 homens, incluindo um polícia, suspeitos de envolvimento num grupo de extrema-direita que alegadamente planeava ataques contra políticos, minorias étnicas e refugiados.

O Ministério Público Federal alemão acredita que quatro dos suspeitos criaram uma “organização terrorista” há cerca de cinco meses e que, desde então, se reuniram regularmente e realizaram contactos entre si por telefone a através da internet.

Os outros oito homens foram detidos por suspeita de apoiar essa mesma organização, fornecendo dinheiro e armas.

Entre os 12 detidos encontra-se um polícia que já tinha sido suspenso por suspeitas de ligação a à extrema-direita. Esta informação foi revelada pelo Ministério alemão do Interior, que não avançou se o polícia em questão é um dos suspeitos principais. Os detidos deverão comparecer em tribunal ainda esta sexta-feira ou sábado, para que se decida se permanecerão detidos.

Segundo o Ministério Público da Alemanha, os suspeitos pretendiam realizar ataques que causassem estragos e uma atmosfera de medo que se assemelhasse a uma guerra civil. “O objetivo da organização era abalar e, eventualmente, destruir o sistema democrático e a coesão social”, declarou o Governo alemão.

“Com o objetivo de criar condições semelhantes às de uma guerra civil, foram planeados ataques que não se contretizaram contra políticos, requerentes de asilo e membros da comunidade muçulmana”.

A polícia realizou buscas em 13 locais ligados aos suspeitos em seis Estados alemães. O Ministério Público considerou que as provas obtidas durante essas buscas, entre as quais armas, foram suficientes para que as autoridades pudessem deter os 12 homens.
Governo alemão luta contra crimes de ódio
No ano passado, como resposta ao aumento de crimes de ódio, o Governo alemão avançou com várias medidas para acabar com a violência política de extrema-direita, entre as quais regras mais apertadas quanto à posse de armas e um maior controlo do discurso de ódio na internet.

As medidas foram aprovadas pouco depois de um político pró-imigração ter sido assassinado e de várias pessoas morrerem num violento ataque levado a cabo numa sinagoga na cidade alemã de Halle.

De acordo com o Governo alemão, cerca de 90 por cento dos 1.800 incidentes registados contra judeus no ano passado foram praticados por indivíduos de extrema-direita.

A agência de inteligência da Alemanha estima que existam mais de 24 mil “extremistas de direita” nesse país e acredita que cerca de metade seja potencialmente violenta.
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