Alerta do Governo. Madrid corre "sério risco" sem regras mais rígidas no combate ao vírus
Subiu de tom o aviso à navegação do Governo espanhol. O ministro da Saúde pediu às autoridades de Madrid que tomem medidas mais rígidas nos locais onde a propagação do vírus é maior. E alertou que os residentes da capital e as regiões vizinhas correm "sério risco" sem um confinamento mais eficaz.
Esta sexta-feira Madrid estendeu o bloqueio parcial a zonas com altas taxas de infeção. Uma medida que, mesmo assim, não foi ao encontro das recomendações do Governo nacional para um bloqueio em toda a cidade. Os casos de Covid-19 continuam a aumentar.
"Madrid está numa situação de sério risco e é hora de agir com determinação", afirmou hoje o ministro da Saúde, Salvador Illa, em conferência de imprensa. “Existe um sério risco para os habitantes, para as regiões vizinhas”, continuou, apelando às autoridades regionais para “colocarem a saúde dos cidadãos em primeiro lugar”.
Espanha registou na sexta-feira mais 12.272 casos, para um total de 716.481, o maior número da Europa Ocidental. No total, desde o início da pandemia, mais de 31 mil pessoas morreram de Covid-19 no país.
Os habitantes, em particular na cidade de Madrid, estão com dificuldades em aceitar novos confinamentos depois de terem sofrido um dos bloqueios mais rígidos da Europa de março a maio. Durante um longo período não tinham permissão sequer para sair de casa.
Com o desconfinamento - as restrições foram suspensas em 21 de junho - a pandemia aumentou novamente.
Por estes dias têm sido vários os protestos em Madrid uma vez que a maioria das zonas da cidade cobertas pelas novas restrições são áreas de alta densidade e baixos rendimentos, o que está a gerar queixas sobre o que qualificam como "confinamento de classes".