Alguns países da UE equacionam expulsar diplomatas russos

por Lusa

Alguns Estados membros da União Europeia estão a equacionar a hipótese de expulsar diplomatas russos, após o envenenamento com arma química do ex-espião russo Sergueï Skripal em Inglaterra, indicou hoje um responsável europeu em Bruxelas.

"Alguns membros estão a considerar possíveis expulsões de diplomatas russos ou chamar os seus próprios diplomatas", declarou o responsável, a coberto do anonimato, no final do primeiro dia de uma cimeira europeia em que os 28 acusaram a Rússia de estar "muito provavelmente" por detrás do envenenamento de Sergueï Skripal e da filha, a 4 de Março, em Salisbury, no sudoeste de Inglaterra, e decidiram chamar o embaixador da UE na Rússia para "consultas".

O envenenamento de Sergueï Skripal desencadeou uma grave crise nas relações já glaciais entre Moscovo e o Ocidente e foi seguido da expulsão de 23 diplomatas russos de território britânico e do congelamento das relações bilaterais.

A Rússia, que clama inocência, anunciou como represália a expulsão de diplomatas britânicos do seu território e pôs fim às atividades do British Council no país.

Skripal, de 66 anos, e a filha, de 33, encontram-se hospitalizados em estado crítico mas estável, após terem inalado um gás neurotóxico chamado Novichok, de fabrico russo, segundo as autoridades britânicas.

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