António Costa pede fim dos ataques de Israel a enclaves palestinianos

por Lusa
Mohammed Saber - EPA

 O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje o fim dos ataques de Israel aos enclaves palestinianos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, para que se possa regressar a um caminho em que "a paz seja possível".

"Toda a gente defende o cessar-fogo e, mais do que o cessar-fogo, a criação de condições de convivência entre os povos e os estados e é essa a posição de Portugal. É necessário que Israel pare com estes ataques e possamos regressar a um ponto onde o caminho para a paz seja possível e não se agrave este caminho para o conflito", disse o primeiro-ministro português em resposta aos jornalistas.

O líder do Governo português falava em Paris onde participa na Cimeira Sobre o Futuro das Economias Africanas, organizada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, tendo-se encontrado esta manhã com o Presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, num encontro em que a situação do conflito israelo-palestiniano foi discutida.

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, convocou para terça-feira uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE por videoconferência para discutir a escalada da violência entre israelitas e palestinianos.

Os combates entre Israel e os palestinianos na Faixa de Gaza, os mais graves desde 2014, fizeram pelo menos 174 mortos em Gaza, incluindo 47 crianças, e outros 10 em Israel.

Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

Os 27 países da UE têm frequentemente dificuldades em encontrar uma posição comum sobre o conflito israelo-palestiniano, com países como a Alemanha, a Áustria ou a Eslovénia a apoiarem firmemente o direito de Israel a defender-se, enquanto outros exortam o Estado hebreu a demonstrar contenção.

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