Em direto
Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito entre Irão e Israel ao minuto

Assad: EUA usam na Venezuela técnicas de guerra usadas na Síria

por Lusa
Reuters

Caracas, 28 abr (Lusa) - Os EUA estão a usar na Venezuela técnicas de guerras usadas durante o início da intervenção militar na Síria, um plano contra nações que não respondem a forças imperiais, advertiu hoje o Presidente da Síria, Bashar al-Assad.

"O plano é um e o executor é um [os Estados Unidos]. É normal que o cenário nos dois países não só seja parecido, como idêntico", considerou Al-Assad, numa entrevista ao canal de televisão Telesul.

"No começo, as manifestações na Síria eram pacíficas, mas ao ver que não se propagavam, infiltraram nelas indivíduos para atacar os dois lados, regime e opositores, o que causou vítimas mortais, e começaram a dizer que o Governo matava o povo", afirmou.

O Presidente sírio manifestou solidariedade com os venezuelanos, alertando que nenhum país estrangeiro pode defender os interesses do país como a população.

"O povo venezuelano deve ter consciência. Há uma diferença entre ser opositor do Governo e estar contra a pátria. Nenhum país estrangeiro pode velar pelos interesses da Venezuela como o povo da Venezuela. Não acreditem no ocidente [Estados Unidos], eles não velam pelos direitos humanos, nem pelos países", sublinhou.

Desde 04 de abril que as manifestações a favor e contra o Governo venezuelano se têm intensificado no país.

A oposição venezuelana exige a realização de eleições gerais, a libertação dos presos políticos e o fim da repressão.

Os protestos, que têm sido violentamente reprimidos pelas forças de segurança venezuelanas, são também contra duas recentes sentenças do Supremo Tribunal de Justiça, em que atribuiu poderes especiais ao chefe de Estado, limitou a imunidade parlamentar e assumiu as funções do parlamento.

Pelo menos 28 pessoas morreram, 437 ficaram feridas e 1.289 foram detidas, das quais 65 permanecem presas.

Tópicos
pub