Ataques a equipas de segurança de vacinas para a poliomielite fazem um morto no Paquistão

por Lusa

Dois ataques a elementos que faziam a segurança de vacinas contra a poliomielite e do pessoal responsável pelo processo de vacinação no noroeste do Paquistão provocaram a morte de um polícia, adiantaram hoje as autoridades.

Atiradores numa moto dispararam sobre o agente em Peshawar, quando este regressava a casa após o serviço de segurança com trabalhadores da vacinação, segundo disse Iftikhar Khan, o chefe da polícia da área.

Paralelamente, uma bomba à beira da estrada explodiu quando uma carrinha da polícia passou durante a escolta a uma equipa de vacinação contra a poliomielite na área de Ladha, no distrito de Waziristan. Como consequência, a explosão feriu um agente que seguia a bordo na carrinha, adiantou o agente da polícia Shaukat Ali.

Em ambos os ataques, os membros das equipas de vacinação não foram feridos e até ao momento ninguém reivindicou a responsabilidade pelos dois ataques.

Estes ataques surgem dois dias depois de o governo ter lançado campanhas de vacinação contra a poliomielite em 18 distritos da província para tentar erradicar a doença até ao final do ano.

Extremistas paquistaneses têm frequentemente como alvo as equipas de combate à poliomielite e a polícia designada para os proteger, alegando que as campanhas de vacinação são uma conspiração ocidental para esterilizar as crianças.

O Paquistão e o vizinho Afeganistão são os dois únicos países do mundo onde a poliomielite é endémica, depois de a Nigéria ter sido declarada livre da doença no ano passado.

O porta-voz provincial do programa antipoliomielite, Aimal Khan, disse que o objetivo da campanha de cinco dias era a vacinação de 3,7 milhões de crianças. Quase 17.000 profissionais treinados iam de casa em casa para administrar as vacinas, segundo o responsável, que clarificou que as forças de segurança foram mobilizadas para proteger as equipas de vacinação.

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