Pelo menos 20 guardas da elite iraniana morreram e outros 10 ficaram feridos, num ataque suicida realizado na estrada por onde seguiam, junto à fronteira com o Paquistão. A área, entre as cidades de Zahedan e de Khash, é um covil de contrabandistas, de traficantes de droga e de grupos separatistas armados.
Um comunicado da Guarda Revolucionária confirmou depois o atentado contra um dos seus autocarros, no qual seguiam vários dos seus membros e que tinha sido atingido por um veículo armadilhado.
A agência iraniana de informação Fars revelou entretanto que o ataque foi reivindicado pelo Jaish al Adl, um grupo de militantes separatistas que opera no sudoeste do Irão.
Região de confrontos
A província de Sistan-Baluquistão é atravessada por uma das principais rotas de tráfico de ópio e é regularmente palco de confrontos entre forças iranianas e separatistas do Baluquistão, assim como com traficantes de drogas.
A Guarda é uma potência militar e económica no Irão e responde apenas ao Ayatola Ali Khamenei. E, se Teerão tem estado envolvida nas guerras na Síria e no vizinho Iraque, tem evitado o conflito sangrento que afeta a sua província do sudoeste, rica em petróleo.
Conferência na PolóniaO atentado desta quarta-feira coincide com o primeiro dia de uma conferência em Varsóvia, liderada pelos Estados Unidos, que inclui discussões sobre o que Washington chama a influência maligna do Irão em todo o Médio Oriente.
A conferência é entendida como uma tentativa de isolar o Irão na cena internacional e deverá ser evitada ao mais alto nível pelos países europeus e pelos países árabes. O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, vai marcar presença apenas para falar sobre o conflito no Iémen.
Já o primeiro-ministro israelita irá à conferência, onde deverá reunir-se com o vice presidente norte-americano, Mike Pence, o qual é acompanhado pelo secretário de Estado, Mike Pompeo. Também Jared Kushner, genro do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, estará presente.