Austrália pede à Indonésia que vigie responsável pelo atentado de Bali de 2002

por Lusa

A Austrália pediu hoje garantias à Indonésia de que o extremista islâmico, que ajudou a construir uma bomba usada no atentado de 2002, no qual morreram 202 pessoas em Bali, vai ser vigiado depois de ser libertado.

O vice-primeiro-ministro da Austrália, Richard Marles, disse que o país vai pedir ao Governo indonésio para garantir que o militante esteja sob vigilância constante enquanto estiver em liberdade condicional.

O governante confirmou à televisão australiana ABC que Camberra foi contra a libertação antecipada de Hisyam bin Alizein, de 55 anos, mais conhecido como Umar Patek.

Patek obteve a liberdade condicional, na quarta-feira, depois de cumprir cerca de metade da sentença original de 20 anos de prisão por homicídio premeditado e produção ilegal de arma.

O militante foi condenado por um tribunal indonésio em 2012, também pela participação nos ataques a uma igreja da capital indonésia na véspera de Natal de 2002, nos quais morreram 19 pessoas.

Os atentados de 12 de outubro de 2002 em Bali causaram a morte de 202 pessoas, incluindo 88 australianos e sete norte-americanos.

Também a ministra do Interior australiana, Clare O`Neil, defendeu que as ações de Umar Patek "são indesculpáveis e completamente abomináveis".

Ao aprovar a liberdade condicional, as autoridades indonésias disseram que Patek foi reabilitado com sucesso na prisão, algo que prometeram usar para influenciar outros militantes a renunciarem ao terrorismo.

Patek era conhecido como "Demolition Man" por ser o perito em demolição da rede Jemaah Islamiyah, ligada à rede terrorista Al-Qaida.

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