Autoridades de Saúde de Macau denunciam clínica médica ilegal após morte em junho

por Lusa

Macau, China, 20 jul (Lusa) - As autoridades de Macau denunciaram a existência de uma clínica médica ilegal, onde um homem prestou cuidados médicos sem licença durante vários anos, descoberta após a morte de um paciente, no mês passado.

Em conferência de imprensa, no Centro Hospitalar Conde São Januário, os Serviços de Saúde indicaram que, no dia seguinte à "consulta", uma indisposição levou o doente ao hospital público, onde veio a morrer "apesar dos esforços clínicos e manobras de reanimação".

A autópsia comprovou que "a morte não estava relacionada com medicamentos", de acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau, divulgado na sequência da conferência de imprensa, liderada pela chefe da Unidade Técnica de Licenciamento das Atividades e Profissões Privadas de Prestação de Cuidados de Saúde (UTLAP), Leong Pui San.

Na investigação do caso, a Polícia Judiciária (PJ) recolheu provas, como equipamentos médicos e medicamentos, num apartamento na zona norte de Macau, e identificou um homem, de 71 anos, residente do território, que não possui registo como profissional de saúde, acrescentou.

Este homem afirmou praticar atividade médica na China continental e ter começado a prestar cuidados de saúde em casa, sendo todos os utentes amigos provenientes da China.

De acordo com a PJ, este indíviduo já pratica atividades médicas sem licença desde 2014. Na morada identificada não está também registado qualquer estabelecimento destinado à prestação de serviços de cuidados de saúde.

As provas recolhidas no local demonstram a realização de actividades médicas naquele local, logo há razões para acreditar que foram ali praticados actos médicos ilegais, referiram as autoridades de Saúde.

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