As autoridades espanholas revelaram hoje que foi encontrado o corpo de uma criança no mar das Canárias, apontando que deve ser o de uma menina dada como desaparecida em abril, juntamente com a irmã.
Segundo o Superior Tribunal de Justiça das Ilhas Canárias, o corpo encontrado no mar corresponde "quase com certeza" à mais velha de duas irmãs dadas como desaparecidas.
O magistrado titular do Tribunal de Primeira Instância e da Instrução nº 3 de Güimar adiantou, segundo a agência espanhola EFE, que "na ausência de provas médicas forenses mais decisivas" o corpo hoje encontrado no mar, em Tenerife, corresponderá ao da menina de 6 anos, estando ainda por encontrar a irmã de 1 ano.
O corpo foi encontrado "a uma profundidade de 1.000 metros a cerca de três milhas da costa de Tenerife, dentro de um saco desportivo amarrado a uma âncora".
Segundo o Superior Tribunal de Justiça das Ilhas Canárias, "ao lado foi encontrado outro saco desportivo vazio".
O corpo foi transferido para o Instituto de Medicina Legal de Santa Cruz de Tenerife.
Também hoje, a Delegação do Governo nas Ilhas Canárias explicou que o corpo foi encontrado na zona onde foi registada a última ligação telefónica realizada pelo pai das crianças, na noite de 27 de abril, data em que deveria ter entregue as duas meninas à mãe.
Apesar das fortes suspeitas, a delegação do Governo nas Ilhas Canárias acrescentou ser necessário aguardar que a "identificação do cadáver seja certificada pela autoridade judiciária".
As operações de busca pelas duas meninas decorrem desde 30 de maio, envolvendo o navio do Instituto Espanhol de Oceanografia.
Segundo a EFE, o pai das crianças foi visto pela última vez na marina de Santa Cruz de Tenerife a carregar o barco com malas, tendo chegado a zarpar até duas vezes, embora nunca tenha sido visto acompanhado pelas meninas.
Entretanto, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, enviou, através das redes sociais, um "abraço e carinho" à mãe das meninas.
"Não consigo imaginar a dor da mãe das pequenas Anna e Olivia, que desapareceram em Tenerife, perante a terrível notícia que acabámos de saber", publicou Sánchez no Twitter.
Na mensagem publicada, Sanchez afirma: "O meu abraço, o meu amor e de toda a minha família, que hoje se solidariza com a Beatriz e seus entes queridos".
Também a ministra da Igualdade, Irene Montero, afirmou não haver "palavras para os momentos de terrível dor" que a mãe das crianças está a enfrentar.
"Esta violência que se exerce contra as mulheres, mães para bater onde mais dói é uma questão de Estado. Estamos aqui para o que for preciso", acrescentou a governante.
