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Aviões russos intercetam aeronaves norte-americanas pela terceira vez em dois meses

por RTP
US Navy - Reuters

Dois aviões russos foram acusados de voar de "maneira insegura e não profissional' enquanto intercetavam uma aeronave de reconhecimento da Marinha dos Estados Unidos no Mediterrâneo, na terça-feira. Desde abril, é a terceira vez que pilotos russos interferem em operações norte-americanas.

A Marinha dos EUA criticou a interceção do seu avião de reconhecimento Boeing P-8A Poseidon por dois caças russos SU-35 sobre águas internacionais do Mediterrâneo.

"Pela terceira vez em dois meses, os pilotos russos voaram de maneira insegura e pouco profissional enquanto intercetavam um avião de reconhecimento naval P-8A da Marinha dos EUA na Sexta Frota", lê-se num comunicado.

A aeronave norte-americana "voava no Mediterrâneo Oriental sobre águas internacionais e foi intercetada por duas aeronaves russas Su-35 por um período de 65 minutos". A interceção foi considerada "insegura e pouco profissional devido a os pilotos russos estarem próximos a cada asa do P-8A simultaneamente, restringindo a capacidade do P-8A de manobrar com segurança", adianta a Marinha dos EUA.

"As ações desnecessárias dos pilotos russos do Su-35 foram inconsistentes com a aeronave e com as regras internacionais de voo, comprometendo a segurança de voo de ambos os aviões", acrescentou a Sexta Frota da Marinha norte-americana, argumentando que incidentes do género aumentam o risco de colisão.

As Forças Armadas dos EUA divulgaram um vídeo do incidente, onde se vêem as aeronaves russas a voar junto das asas do avião dereconhecimento norte-americano.



"Enquanto a aeronave russa operava no espaço aéreo internacional, essa interação era irresponsável", contestou ainda a Marinha dos EUA, acrescentando que "ações como estas aumentam o potencial de colisões no ar".

Já em abril, ocorreram situações semelhantes com a Marinha dos EUA. A primeira interceção foi considerada segura e profissional, de acordo com a declaração da Marinha, mas a segunda foi considerada insegura e não profissional devido a uma manobra de alta velocidade pela aeronave russa que levou as duas aeronaves a ficar a menos de 15 metros de distância uma da outra.

O incidente ocorreu no mesmo dia em que os militares norte-americanos acusaram a Rússia de enviar aviões de combate para a Líbia para apoiar mercenários russos e ajudar as forças militares na ofensiva contra a capital, Trípoli.

O Ministério da Defesa russo, por sua vez, desmentiu e afirmou que os caças russos tinham identificado "um alvo aéreo voando em direção às instalações militares russas na Síria".

Aliás, os três incidentes, nos últimos dois meses, ocorreram no espaço aéreo internacional no leste do Mediterrâneo.

O Ministério da Defesa russo respondeu ao incidente em abril, alegando que a aeronave dos EUA estava a ir em direção à Base Aérea de Khmeimim em Latakia, Síria, onde estão posicionadas tropas russas, aeronaves e sistemas de defesa aérea S-400, de acordo com o Russian Sputnik News.

"Depois de abordar a aeronave, o piloto do caça russo identificou o número da cauda do avião e seu 'status' como aeronave da Marinha dos EUA, e levou-o sob escolta", disse o Ministério da Defesa, acrescentando que a aeronave americana mudou de rumo, permitindo ao avião russo retornar ao aeródromo.

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