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Biden defende Indo-Pacífico livre no contexto da invasão russa da Ucrânia

por Lusa
Biden mostrou-se firme na defesa do Indo-Pacífico, na reunião do grupo Quad, em Tóquio Yuichi Yamazaki-Epa

O presidente dos Estados Unidos considerou esta terça-feira que a invasão russa da Ucrânia "demonstra a importância" de manter um Indo-Pacífico "livre e aberto", no início da reunião do grupo Quad, em Tóquio.

"Vivemos tempos sombrios da nossa história compartilhada", disse Joe Biden aos líderes do Japão, da Índia e da Austrália, em Kantei, residência oficial do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

A defesa de um Indo-Pacífico "livre, aberto, ligado, seguro e resiliente" ganha mais significado no contexto atual, afirmou.

"Enquanto a Rússia continua esta guerra, seremos parceiros e lideraremos uma resposta global", acrescentou Biden, destacando que "esta é mais do que uma questão europeia, é uma questão global".

Biden, que está na reta final de uma visita de três dias ao Japão como parte da primeira deslocação à Ásia, reuniu-se com Kishida e com os primeiros-ministros indiano e australiano, Narendra Modi e Anthony Albanese, respetivamente.

"Não podemos permitir que algo assim aconteça no Indo-Pacífico", disse Kishida, numa referência invasão russa da Ucrânia.

O anfitrião da reunião pediu ao grupo um "firme compromisso" nesta e noutras questões, como alterações climáticas, segurança marítima e tecnologia.

Albanese, empossado no cargo na segunda-feira, depois da vitória nas eleições gerais australianas no fim de semana, disse que Camberra "está comprometida com o Quad", bem como com os projetos e os objetivos comuns.

Modi descreveu o grupo como "uma força do bem" e elogiou o trabalho do Quad, que "está a garantir paz, prosperidade e estabilidade na região do Indo-Pacífico".

Na segunda-feira, Biden disse que os EUA interviriam militarmente, caso a China invadisse Taiwan, numa das declarações mais fortes e abertas de apoio a Taipé por um líder da Casa Branca, em décadas.

Joe Biden disse que a obrigação de proteger a ilha tornou-se "ainda mais forte", na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia. "Esse é um compromisso que assumimos", disse o chefe de Estado norte-americano, numa conferência de imprensa, em Tóquio.

Para o presidente dos EUA, o uso da força pela China contra Taiwan "simplesmente não seria apropriado" e "mudaria toda a região", constituindo um evento semelhante ao que aconteceu na Ucrânia.


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