Biden recebe Scholz em fevereiro com Rússia e gasoduto na agenda

por Lusa

O Presidente norte-americano, Joe Biden, recebe a 07 de fevereiro o chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou hoje a Casa Branca, numa altura em que Berlim enfrenta críticas pela sua postura `tímida` perante a Rússia na crise ucraniana.

Num comunicado, a porta-voz presidencial norte-americana, Jen Psaki, refere que os dois líderes vão analisar sobretudo o "compromisso conjunto de seguir o caminho diplomático, bem como unir esforços para impedir a Rússia de qualquer agressão contra a Ucrânia".

"A visita será uma oportunidade para afirmar os laços profundos e sólidos entre os Estados Unidos e a Alemanha", indicou.

Biden conheceu Olaf Scholz na última cimeira do G20, depois de o social-democrata ter sido convidado pela sua antecessora, Angela Merkel, em fins de outubro de 2021, numa altura em que o então futuro chanceler alemão ainda se preparava para lhe suceder.

Nesse sentido, será a primeira reunião desde que o chanceler assumiu o poder, a 08 de dezembro de 2021, e, acima de tudo, a primeira reunião entre ambos desde que eclodiu a crise na Ucrânia.

Segundo refere a agência noticiosa France-Presse (AFP), a Alemanha está numa "situação delicada", uma vez que, militarmente, depende inteiramente dos Estados Unidos para se proteger, razão pela qual tem várias bases norte-americanas no país.

No entanto, também tem estreitas relações económicas com a Rússia, estando muito dependente do gás russo.

O novo governo de coligação alemão foi criticado várias vezes pela atitude considerada muito branda em relação ao presidente russo, Vladimir Putin, que os ocidentais acusam de preparar uma invasão da Ucrânia.

Kiev criticou fortemente o bloqueio pela Alemanha a uma entrega de armamento destinado à Ucrânia e a Polónia acusa abertamente Berlim de pensar primeiro nos seus interesses económicos.

Recentemente, o Governo alemão demitiu o chefe do Estado-Maior da Marinha, que apoiou a posição russa.

Oficialmente, Scholz tem por diversas vezes indicado que a Alemanha apoia as duras sanções contra Moscovo no caso de um ataque.

Berlim também disse que está pronta para sacrificar, se necessário, o estratégico gasoduto que liga a Alemanha à Rússia, o Nord Stream 2, que ainda não entrou em funcionamento.

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