Brasil volta a aproximar-se de 3.000 mortes diárias e chega a 411.588 óbitos

por Lusa

O Brasil voltou hoje a aproximar-se das três mil mortes diárias (2.966) devido à covid-19, chegando a um total de 411.588 óbitos desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

Na segunda-feira, o país sul-americano tinha contabilizado 983 vítimas mortais, número quase três vezes inferior ao hoje registado, devido à carência de recursos humanos para testar e recolher dados durante os fins de semana e segundas-feiras.

Em relação às infeções, o Brasil somou 77.359 casos nas últimas 24 horas (face a 24.619 na segunda-feira), elevando o total para 14.856.888 diagnósticos de covid-19, de acordo com o último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, continua a ser um dos países mais afetados pela pandemia, ocupando a segunda posição mundial na lista de nações com mais mortes e a terceira com mais casos.

O foco da doença no país continua a ser o Estado de São Paulo, o mais rico e populoso do país, que concentra 2.941.980 casos positivos e 98.021 óbitos.

Apesar de avançar a um ritmo lento no Brasil, a campanha nacional de imunização contra a covid-19 já começa a apresentar alguns efeitos positivos, como a diminuição das mortes em idosos com mais de 80 anos.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, mostra que diminuiu para metade a proporção de mortes de idosos com 80 anos ou mais no Brasil após o início da vacinação.

Outro dos efeitos notórios foi a queda nas mortes de profissionais de Saúde. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), registou-se uma diminuição de 83% no número de médicos mortos em março, em comparação com janeiro, período em que iniciou a vacinação dessa classe profissional.

A mesma tendência foi observada entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

Além disso, também os indígenas, que integram os grupos de maior risco face ao novo coronavírus e, por isso, são considerados prioritários para receber a vacina, registaram uma queda significativa nos casos de infeção e óbitos, segundo a imprensa local.

Contudo, a escassez de vacinas no país tem atrasado a imunização da população, sendo que milhares de pessoas que tomaram a primeira dose ainda aguardam a segunda, um pouco por todo o Brasil.

Essa falta de doses e os atrasos na aquisição de antídotos por parte do Governo, presidido por Jair Bolsonaro, são alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado brasileiro, que teve início hoje e que investiga alegadas omissões do executivo na gestão da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.214.644 mortos no mundo, resultantes de mais de 153,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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