Brexit. May quer parlamento a decidir sobre um segundo referendo

por RTP
Kirsty Wigglesworth, Reuters

A primeira-ministra britânica, Theresa May, apresentou hoje uma nova proposta de `Brexit` que submeterá ao Parlamento britânico, sobre a eventual realização de um segundo referendo.

Numa comunicação feita horas depois de o seu Governo ter apoiado esta nova proposta de `Brexit`, Theresa May disse hoje que continua "empenhada em garantir a saída do Reino Unido da União Europeia" e mostrou-se confiante na aprovação do Parlamento, na primeira semana de junho.

A primeira-ministra britânica diz que a proposta incluirá o requisito de haver uma votação no Parlamento sobre se o Brexit será submetido a um novo referendo e apresentou algumas novas propostas garantindo a proteção de direitos dos trabalhadores, comprometendo-se a manter-se alinhada com a Irlanda do Norte sobre o `backstop` e assegurando que não haverá alterações na proteção ambiental se houver uma saída do Reino Unido.

Segundo citação da BBC, May advertiu os deputados de que uma rejeição do seu novo pacote de propostas implicaria a liquidação de qualquer possibilidade de uma saída negociada. No seu discurso, a primeira-ministra e líder do Partido Conservador afirmou que o impasse em torno do Brexit está a ter um efeito "corrosivo" sobre a política britânica e paralisante noutras áreas da actividade do país.

Descreveu, consequentemente, o seu pacote de propostas como "uma nova oferta para encontrar um terreno comum no parlamento", sublinhando que essa é "a única forma de concretizar o Brexit".

E acrescentou então que, antes de ser ratificado o acordo de saída, os deputados teriam a oportunidade de decidir se deve, ou não, haver um novo referendo.

Pessoalmente, precisou May, ela própria está contra a realização de um novo referendo, mas reconhece os sentimentos "genuínos e sinceros" que animam muitos dos deputados e têm vindo a bloquear a busca de uma solução. Por isso apelou aos deputados para que apoiassem os novos termos propostos para o Acordo de Saída e só então defendessem a realização de uma nova consulta popular, quando esse acordo for examinado em detalhe.

(C/ Lusa)

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