Buscas do FBI em Mar-a-Lago podem estar relacionadas com documentos sobre armas nucleares

por RTP
Marco Bello - Reuters

As buscas do FBI à casa de Trump em Mar-ao-Largo, na passada segunda-feira, podem estar relacionadas com documentos sobre armas nucleares, noticia a imprensa norte-americana. Terá sido esse o motivo pelo qual o Departamento de Justiça dos EUA autorizou a entrada de agentes da polícia federal na casa de um ex-presidente.

Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, várias fontes ligadas à investigação afirmaram que existia a possibilidade de documentos sobre armas nucleares estarem na casa de Donald Trump em Palm Beach. As fontes não especificaram se se tratava de documentos relativos ao arsenal dos EUA ou de outro país.

A informação chegou poucas horas depois de o procurador-geral Merrick Garland ter afirmado, em conferência de imprensa, que havia autorizado as buscas à mansão de Trump e ter pedido a um tribunal da Florida para tornar público o mandato e o inventário do FBI. “Aprovei pessoalmente a decisão de solicitar um mandado de busca para este assunto”, afirmou Garland.

Durante uma conferência de imprensa excecional, Garland não revelou nada sobre as razões e os resultados da busca, mas adiantou que tinha sido autorizada por um juiz federal.

Segundo Garland, “o Departamento de Justiça não toma este género de decisão de ânimo leve”.

As buscas inéditas feitas pela polícia federal (FBI, na sigla em inglês) a um antigo presidente ocorreram na segunda-feira, na residência de luxo de Trump em Mar-a-Lago, em Palm Beach.

Enquanto esteve na Casa Branca, Donald Trump esteve particularmente fixado no arsenal nuclear dos EUA e gabava-se de estar a par de informações altamente secretas.


Entre os documentos nucleares a que Trump teria tido acesso rotineiramente estaria a versão classificada da Nuclear Posture Review, sobre as capacidades e políticas dos EUA.

Entretanto, Donald Trump contratou um conhecido advogado de defesa criminal de Atlanta, defensor de rappers famosos, para representá-lo perante o grande júri especial que investiga se o ex-presidente tentou ilegalmente interferir com as presidenciais de 2020 no Estado da Geórgia.
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