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Cabo Verde acompanha com "muita preocupação" situação em São Tomé e Príncipe

por Lusa

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia Silva, disse hoje estar a acompanhar com "muita preocupação" a situação em São Tomé e Príncipe, na sequência do anúncio "de uma tentativa de tomada de poder pela força".

"O Governo segue com muita preocupação a situação em São Tomé e Príncipe, na sequência do anúncio feito pelo primeiro-ministro de uma tentativa de tomada de poder pela força, na madrugada de hoje", anunciou Ulisses Correia e Silva.

Através de uma mensagem colocada na sua conta oficial na rede social Facebook, o chefe do Governo refere que já falou com o homólogo de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, que o "informou estar a situação sob controlo das autoridades".

"Condenamos inequivocamente esta tentativa de sublevação da ordem constitucional. Apresentei a minha solidariedade ao Governo e ao povo de São Tomé e Príncipe, e esperando que a normalidade volte ao país o mais depressa possível, porquanto o Estado de Direito democrático é um valor fundamental a ser sempre preservado", acrescentou Ulisses Correia e Silva.

O primeiro-ministro são-tomense assegurou hoje que a situação no país está "calma" após um ataque ao quartel, esta noite, que causou um ferido grave e várias detenções, e disse esperar "mão firme" da justiça sobre os autores.

"Quero dizer aos são-tomenses, os que residem no país, e à comunidade estrangeira que a situação está controlada, está calma", afirmou hoje o chefe do Governo de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, numa conferência de imprensa para prestar esclarecimentos sobre o ataque realizado esta noite ao quartel militar, na capital são-tomense.

O primeiro-ministro adiantou que "por questões de precaução", as escolas perto do quartel estão encerradas.

"Não se trata de um roubo, não se trata de um furto. Trata-se de um ataque com armas de guerra às Forças Armadas do país e temos primeiro que resolver esse problema", adiantou.

Segundo o chefe do Governo, a "tentativa de golpe" começou por volta das 00:40 (hora local, a mesma hora em Lisboa) e "teve o seu desfecho, em termos operacionais, pouco depois das 06:00".

Patrice Trovoada qualificou o caso como "de extrema gravidade", mas quis deixar uma mensagem de tranquilidade: "As Forças Armadas têm a situação sobre controlo".

É necessário, salientou, "um pouco de prudência" e "a colaboração por parte da população".

"Espero que a justiça faça o seu trabalho, São Tomé e Príncipe não merece todos estes problemas. O povo é soberano, o povo escolheu essa equipa para conduzir os destinos" do país, salientou.

Depois de as Forças Armadas terminarem as "operações preliminares de investigação, porque tudo indica que houve alguma cumplicidade no seio do quartel", será "o momento de a Justiça, a Procuradoria [Geral da República], a Polícia Judiciária, entrarem em ação".

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