Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

Câmara da Trofa lança obra de 8,9 ME dos futuros Paços do Concelho

por Lusa

Trofa, Porto, 14 dez 2019 (Lusa) -- A Câmara da Trofa vai dar início à construção dos futuros Paços do Concelho, na próxima sexta-feira, uma obra que representa um investimento de cerca de 8,9 milhões de euros, revelou hoje à Lusa o presidente da autarquia.

O anúncio surge dias depois do Tribunal de Contas ter "dado o visto sem recomendações" ao projeto que permitirá à câmara liderada pela coligação "Unidos pela Trofa" (PSD/CDS) deixar de ser a "única das 308 do país sem Paços do Concelho", frisou Sérgio Humberto.

O projeto do arquiteto local José Carlos Nunes Oliveira é comparticipado em 900 mil euros pelo Portugal 2020 e vai ser construído a partir da antiga fábrica da "Indústria Alimentar Trofense", onde, no dia 20, pelas 20:30, será lançada a primeira pedra.

A obra vai ser paga com "cerca de um milhão de euros de fundos europeus", sendo "os restantes 7,3 milhões de euros pagos pela câmara, metade à medida que a obra avance e outra metade com um empréstimo do Banco Europeu de Investimento, com taxas quase de zero a 15 anos, com dois anos de período de carência", revelou o autarca.

O restante dinheiro, até completar o custo orçamentado, será despendido na "aquisição de alguns terrenos anexos", acrescentou.

"Não tenho dúvidas de que temos um projeto para concursos internacionais de arquitetura", disse o presidente, destacando tratar-se de "um edifício inovador, com materiais nobres, mas mais baratos do que outros que são utilizados" e que será "autossuficiente, cumprindo todas as normas ambientais".

Anunciado em outubro de 2018, e projetado para começar a ser construído num prazo que, assegurou o autarca "continua a ser de 22 meses", no primeiro semestre de 2019, a obra só agora vai materializar-se, atraso que o autarca atribuiu à impugnação feita por uma das empresas candidatas à obra, a Atlantinível, que perdeu o concurso.

Acresce a isto a aplicação da Resolução Fundamentada que suspende qualquer processo a nível municipal, quando é apresentada uma reclamação, facto que levou Sérgio Humberto a pedir ao Governo "para que reponha a cláusula de interesse público na Resolução Fundamentada".

O presidente da câmara informou ainda ter endereçado convite para o lançamento da primeira pedra ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

"Trata-se de um marco único sem a ajuda financeira do Governo", disse Sérgio Humberto, que ressalvou, contudo, a "frontalidade e honestidade" do anterior secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, que "mesmo dando uma má notícia, o fez com verdade" quando disse "não ter dinheiro para ajudar à construção".

Numa breve resenha do mandato iniciado em 2013, "quando a Trofa era o segundo concelho mais endividado do país", Sérgio Humberto disse estar hoje o município "entre os 60 primeiros mais estáveis financeiramente no país" e garantiu que fecharão "2019 com a dívida [da autarquia] abaixo dos 30 milhões de euros".

"Em cinco anos, em termos de redução de dívida, fizemos o que era para ser feito em 15 anos" afirmou Sérgio Humberto de um processo que "permitiu, hoje, poder avançar para a construção" do futuro edifício da câmara, construído 21 anos depois de tornar-se concelho e a funcionar em duas casas em dois espaços diferentes da cidade do distrito do Porto.

Tópicos
pub