Câmara dos Representantes dos EUA aprova sanções contra autoridades chinesas

por Mário Aleixo - RTP
Os Estados Unidos pressionam o governo de Pequim face à crescente repressão exercida sobre o território de Hong Kong Reuters

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, por unanimidade, um documento que prevê sanções automáticas contra as autoridades chinesas que violem as obrigações internacionais daquele país sobre a autonomia de Hong Kong.

O texto, que é um pouco diferente daquele já aprovado na câmara alta do Congresso norte-americano, também por unanimidade, em 25 de junho, será submetido esta quinta-feira a nova votação precisamente no Senado.

O diploma terá ainda se ser promulgado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para entrar em vigor, noticia a agência de notícias France Presse.

O projeto foi promovido e apoiado por republicanos e democratas, que querem aumentar a pressão sobre Pequim e ir além das medidas já comunicadas pelo governo dos Estados Unidos, desde que a China aprovou a nova lei de segurança nacional para Hong Kong.

Este texto permitiria a Washington punir qualquer entidade ou pessoa que contribuísse concretamente para a violação das obrigações chinesas.

Os autores citam o exemplo de "lideres do Partido Comunista Chinês responsáveis pela imposição de uma lei de segurança nacional em Hong Kong" ou mesmo forças policiais envolvidas na repressão de manifestantes naquela antiga colónia britânica.

Além disso, os bancos que realizam "transações significativas" com pessoas ou entidades sancionadas seriam alvo de punições.

No final de maio, Washington já tinha imposto a revogação do estatuto comercial preferencial de Hong Kong.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, alertou na quarta-feira que não excluía a adoção de novas medidas por parte dos EUA.

O governo chinês informou na quarta-feira que a lei de segurança nacional de Hong Kong, "fortalece a fórmula `um país, dois sistemas`", além de garantir "prosperidade e estabilidade" na região.

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