Catalunha. Ambiente mais calmo

por Antena 1

Pedro Sánchez está esta segunda-feira na Catalunha, depois da onda de protestos violentos, que agitaram a região. Em Espanha vários foram os dias de protestos nas ruas de Barcelona. Porém, o domingo foi mais calmo.

O chefe do governo espanhol anunciou nas redes sociais a visita aos polícias que ficaram feridos durante as manifestações. No total, 288 elementos das forças policiais sofreram ferimentos. Quase duzentas pessoas foram detidas durante a última semana.
Pedro Sánchez também escreveu uma carta ao presidente do governo regional da Catalunha, pedindo a Quim Torra que venha publicamente condenar a violência, de forma inequívoca.

"Condenar a violência de forma veemente, amparar as forças de segurança que a combatem e evitar a discórdia civil", escreve o chefe do Executivo espanhol numa carta enviada a Quim Torra em que refere que o presidente do governo autónomo tem a obrigação de se posicionar contra os atos violentos dos manifestantes.

A carta enviada hoje a Torra é a resposta do governo espanhol à missiva do presidente da Generalitat enviada no sábado ao primeiro-ministro.

No documento, Quim Torra negou acusações anteriores sobre falta de diálogo e recriminou o primeiro-ministro por ter pretendido, disse, "dar lições sobre condenar ou lutar contra a violência".

"Em resposta à sua carta de 19 de outubro e às declarações públicas dos últimos dias, permito-me recordar-lhe que o primeiro dever de qualquer responsável público é velar pela segurança dos cidadãos, e dos espaços públicos e privados", respondeu Sánchez à carta de Torra.

O chefe do Executivo espanhol diz também que o "segundo dever" de um responsável público "é preservar a convivência entre todos os que integram a sociedade civil e evitar a fratura da comunidade.

Sánchez acusa Torra de ter evitado a questão da violência em vários pontos da Catalunha, inclusivamente os acontecimentos ocorridos perto do gabinete do próprio presidente da Generalitat.

O primeiro-ministro diz ainda que Torra "virou as costas às forças e aos corpos de segurança" que protegem o público com "grande profissionalismo expondo-se a grandes riscos"

"Virou as costas e ignorou mais de metade da população catalã simplesmente porque não partilha dos seus propósitos, em vez de se comportar com o presidente de todos os catalães", refere Sánchez.

Este domingo, houve apenas alguns incidentes nas ruas da capital catalã. A tarde foi de protestos num “pic-nic” frente ao edifício do Governo espanhol e reuniu milhares de pessoas.


c/Lusa
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