O Supremo Tribunal espanhol decidiu mandar para a prisão a título preventivo mais cinco líderes independentistas, entre eles, o candidato a presidente da Generalitat, Jordi Turull. O juiz considerou existir risco de fuga. São suspeitos do delito de rebelião no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha.
Llarena considera que estes políticos separatistas catalães atuaram em conluio nos últimos seis anos para executar um plano que levava a uma declaração de independência da Catalunha, contra a Constituição espanhola.
Jordi Turull fica assim impedido de assistir a uma nova sessão do parlamento catalão para tentar fazer a investidura de um presidente. Esta quinta-feira, a abstenção da CUP inviabilizou a investidura de Turull para liderar a Generalitat.
Tribunal acusa independentistas de rebelião
O Supremo Tribunal acusou esta sexta-feira 13 líderes independentistas, entre os quais Carles Puigdemont, pelo crime de rebelião, punível até 25 anos de prisão.
Entre os acusados encontram-se Carles Puigdemont, Oriol Junqueras, Jordi Turull, Marta Rovira e a ex-presidente do Parlamento da Catalunha Carme Forcadell. O crime de rebelião é punido com até 25 anos de prisão.
A acusação foi tornada pública no dia para o qual o Supremo Tribunal tinha convocado a audiência a seis dirigentes independentistas.
Rovira foge de Espanha
Entre os convocados ao Supremo Tribunal estava Marta Rovira, dirigente da Esquerda Republicana da Catalunha, o segundo maior partido do bloco independentista do Parlamento de Barcelona. Esta manhã, Rovira anunciou que não iria comparecer em tribunal e que tinha decidido fugir de Espanha.
“Hoje vou seguir um caminho duro, um caminho que, infelizmente, muitos outros tiveram de seguir. O caminho do exílio”, revela a secretária-geral da ERC no documento divulgado esta manhã. Marta Rovira justifica a sua decisão por ver a sua “liberdade de expressão censurada por tribunais que intimidam e que aplicam – descaradamente – critérios políticos”.
“É a única forma que tenho de recuperar a minha voz política. É a única forma que tenho de erguer contra o Governo do PP, que persegue todos os que estão a favor do voto e que castiga qualquer um que tente mudar o que está preestabelecido”, afirma ainda.
Marta Rovira termina a carta com vivas à “liberdade, justiça, igualdade, fraternidade” e a uma “República catalã para todos”. Marta Rovira é a secretária-geral da Esquerda Republicana da Catalunha. O presidente do partido e ex-vice-presidente da Generalitat Oriol Junqueras encontra-se detido desde novembro de 2017.