CEDEAO exige eleições gerais na Guiné-Conacri dentro de seis meses

por Lusa

Os líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) exigiram hoje aos autores do golpe militar na Guiné-Conacri a realização de eleições gerais num prazo de seis meses.

Em comunicado produzido no final de uma cimeira extraordinária, hoje realizada, no Gana, para discutir essencialmente a situação na Guiné-Conacri, onde uma junta militar derrubou o Presidente eleito, a CEDEAO ameaça impor sanções aos autores do golpe, a sua família e congelar os seus bens financeiros.

 A organização oeste africana avisa que vai pedir às Nações Unidas, União Europeia e outros parceiros internacionais para que adotem as sanções aos autores do golpe.

 O comunicado foi distribuído pela presidência guineense.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, assistiu à cimeira que confirmou a suspensão da Guiné-Conacri da organização e mantém a sua "forte condenação ao golpe de 05 de setembro".

A CEDEAO exige ainda a "libertação imediata e incondicional" do Presidente Alpha Conde, responsabilizando os membros do Comité Nacional da Unidade e Desenvolvimento (CNRD, em sigla francesa) sobre a integridade física e moral do dirigente deposto.

Os membros do CNRD não poderão concorrer às eleições gerais a serem organizadas num prazo não superior a seis meses, sublinham ainda os líderes da CEDEAO. A comunicação social em Conacri anunciava hoje que o CNRD pretende um período de transição entre 12 a 16 meses.

Fazem parte da CEDEAO, dois países lusófonos, Cabo Verde e Guiné-Bissau, ao lado do Benim, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra-Leoa e Togo.

Brevemente, o presidente do Gana, Nana Akufo Addo, que preside à conferência de chefes de Estado da organização, deverá deslocar-se pessoalmente à Guiné-Conacri para transmitir aos autores do golpe as decisões tomadas na cimeira hoje realizada em Acra.

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