Centenas de desaparecidos após deslizamento de terras na Serra Leoa

por RTP
Estão para já confirmadas as mortes de 400 pessoas neste desastre Ernest Henry - Reuters

No seguimento de um deslizamento de terras em Freetown, na segunda-feira, pelo menos 600 pessoas estão dadas como desaparecidas. A Cruz Vermelha já avisou que para encontrar sobreviventes vai ser preciso correr contra o tempo. Entre os mortos, contam-se 105 crianças.

Um porta-voz da Presidência da Serra Leoa, Abdulai Baraytay, confirmou à BBC que ainda estavam a ser retirados corpos da lama.
Segundo o porta-voz da ONU Stephane Dujarric, “estão a ser postos em prática planos de contingência para atenuar qualquer surto de doenças transmissíveis pela água, como a cólera, tifo e diarreia”.
“Toda a comunidade está de luto. Entes queridos ainda estão desaparecidos, bem mais de 600 pessoas”, disse Baraytay.

O Presidente Ernest Bai Koroma pediu ajuda depois de várias comunidades terem desaparecido no deslizamento de terras que abalou a capital serra-leonesa.

Estão para já confirmadas as mortes de 400 pessoas neste desastre. Contam-se 105 crianças entre os mortos.

Para esta quarta-feira estão planeados enterros coletivos para libertar espaço nas casas mortuárias.

“Precisamos de apoio urgentemente”
Em Regent, uma zona nos arredores de Freetown, as casas foram engolidas depois de parte da montanha Sugar Loaf ter colapsado devido às chuvas intensas que atingiram a região. Koroma visitou Regent e disse que a devastação provocada por este desastre é “esmagadora”.

“Comunidades inteiras desapareceram. Precisamos de apoio urgentemente”, afirmou o Presidente.

Várias pessoas ficaram sem casa e sem acesso a água potável. As linhas de comunicação e a eletricidade foram cortadas e ainda estão por apurar os prejuízos materiais.
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