Chegadas as notícias da tomada em definitivo da cidade de Raqqa, principal bastião do Estado Islâmico na Síria, um representante das Forças Democráticas da Síria acaba de desmentir à Sputnik Turquia essa informação sobre a libertação daquela que é tida como a capital do califado.
“Prosseguem os confrontos. A afirmação de que a cidade está completamente livre dos terroristas não corresponde à realidade. Os confrontos continuam na zona do estádio de Raqqa”, declarou Mustafa Balli numa entrevista à Sputnik.
É um depoimento que coincide com a indicação deixada pelo comando norte-americano, que disse apenas poder confirmar a recuperação de 90 por cento da cidade ao Estado Islâmico.
#SDF control 90% of #Raqqa; fully take Al-Naim circle, once infamous #ISIS setting for public executions/murder. #defeatDaesh @CJTFOIR pic.twitter.com/LHVSpMc4Qi
— OIR Spokesman (@OIRSpox) 17 de outubro de 2017
Os confrontos envolvem milhares de combatentes e as fontes dos jornalistas estão pulverizadas pelas várias zonas da cidade, tornando quase impossível a produção de um discurso único, mas uma coisa estará assegurada: a derrota do grupo radical sunita.
A grande batalha para a libertação de Raqqa está a ser levada a cabo pelas Forças Democráticas da Síria sob liderança dos curdos com ajuda da coligação encabeçada por forças norte-americanas. Os combates vêm desde há quase um ano, depois de a campanha ter arrancado em novembro de 2016.
O Estado Islâmico tomou conta de Raqqa em 2013, instaurando na cidade a sede do califado. Após meses de intensos combates, a cidade acabaria por ser tirada das mãos dos fundamentalistas no passado mês de setembro, havendo ainda no entanto a assinal algumas bolsas de resistência.