Chefe militar desmente tomada definitiva de Raqqa

por RTP
Erik de Castro, Reuters

Chegadas as notícias da tomada em definitivo da cidade de Raqqa, principal bastião do Estado Islâmico na Síria, um representante das Forças Democráticas da Síria acaba de desmentir à Sputnik Turquia essa informação sobre a libertação daquela que é tida como a capital do califado.

Mustafa Balli explicou que prosseguem confrontos violentos na denominada grande batalha para a tomada da cidade do nordeste da Síria. Os combates mais violentos estarão a acontecer na zona do estádio.

“Prosseguem os confrontos. A afirmação de que a cidade está completamente livre dos terroristas não corresponde à realidade. Os confrontos continuam na zona do estádio de Raqqa”, declarou Mustafa Balli numa entrevista à Sputnik.

É um depoimento que coincide com a indicação deixada pelo comando norte-americano, que disse apenas poder confirmar a recuperação de 90 por cento da cidade ao Estado Islâmico.


Os confrontos envolvem milhares de combatentes e as fontes dos jornalistas estão pulverizadas pelas várias zonas da cidade, tornando quase impossível a produção de um discurso único, mas uma coisa estará assegurada: a derrota do grupo radical sunita.

A grande batalha para a libertação de Raqqa está a ser levada a cabo pelas Forças Democráticas da Síria sob liderança dos curdos com ajuda da coligação encabeçada por forças norte-americanas. Os combates vêm desde há quase um ano, depois de a campanha ter arrancado em novembro de 2016.

O Estado Islâmico tomou conta de Raqqa em 2013, instaurando na cidade a sede do califado. Após meses de intensos combates, a cidade acabaria por ser tirada das mãos dos fundamentalistas no passado mês de setembro, havendo ainda no entanto a assinal algumas bolsas de resistência.



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