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Chefes da diplomacia da NATO "em convergência" no reforço do apoio à Ucrânia

por RTP

Foto: Robert Ghement - EPA

No fim do encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, esta quarta-feira, João Gomes Cravinho afirmou que as conversações foram "muito interessantes" e "denotaram muita convergência entre os aliados" quanto à situação da Ucrânia, a ofensiva russa e o "desafio sistémico" que é a China.

No primeiro dia do encontro dos chefes de diplomacia, segundo o ministro português, houve "oportunidade de falar, sobretudo, da situação da Ucrânia", tendo estado presente o ministro ucraniano com a pasta dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.

Referindo-se à ofensiva russa na Ucrânia, Gomes Cravinho acusou a Rússia de "levar os seus ataques contra a população civil, procurando danificar infraestrutura civil, infraestrutura elétrica", tendo como objetivo "tentar criar as condições mais difíceis possíveis para a população civil"."É mais um crime de guerra", frisou o ministro dos Negócios Estrangeiros, em declarações aos jornalistas, em Bucareste.


Também na ótica da NATO, continuou Gomes Cravinho, Moscovo tem demonstrado "grande indiferença e desprezo pelo direito internacional, incluindo as leis de guerra". Por isso, os aliados decidiram reforçar o "apoio à infraestrutura civil, através do pacote de assistência abrangente da NATO para a Ucrânia".

"Houve afirmações de grande convergência de unidade e de determinação, no sentido de deixarmos bem claro para a Rússia que a NATO continuará a apoiar a Ucrânia para o tempo que for necessário, e a duração que tiver esta guerra".

Em demonstração de apoio à Ucrânia, também Portugal vai dar um "contributo extraordinário para o pacote de assistência abrangente", avançando com um milhão de euros. A nível militar, as forças portuguesas continuam a "rever as suas possibilidades" e, ao longo da duração da guerra, irá "reforçar esse apoio".

Os chefes da diplomacia da NATO debateram ainda sobre a China, considerando que o país representa "um desafio sistémico", que tem demonstrado uma "postura cada vez mais assertiva e agressiva nos mares do sul" e, através do apoio à Rússia, mostrado "vontade de minar aquilo que é a ordem internacional vigente".

"Isto é um assunto de elevada preocupação", sublinhou. "Gostaríamos de ver a China mais alinhada na defesa da ordem internacional e do direito internacional".
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