O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou esta terça-feira que irá prestar apoio ao desenvolvimento económico dos países árabes com um empréstimo no valor de 17 mil milhões de euros.
Para além dos 17 mil milhões de euros, o Presidente da China anunciou, esta terça-feira, uma ajuda de 106 milhões de euros para os países do Médio Oriente, fazendo parte do programa apelidado “petróleo e gás”, com o objetivo de revitalizar o crescimento económico na região.
Durante uma conferência com os líderes árabes, Xi Jinping revelou que os empréstimos serão usados para financiar “projetos que produzem boas oportunidades de emprego e um bom impacto social nos países árabes que precisam de reconstrução”.
Apesar de não ser especificado onde o dinheiro será aplicado em concreto, o Presidente da China adiantou que 15 milhões de euros serão entregues à Palestina e 91 milhões de euros serão repartidos pela Jordânia, Líbano, Síria e Iémen.
“Novo ponto de partida histórico”
A China, que tem o hábito de manter-se afastada dos conflitos do Médio Oriente, “está preparada para ter um papel maior na paz e estabilidade na região”, afirma Xi Jinping.
“Devemos tratar-nos uns aos outros com franqueza, não temer as diferenças, não evitar problemas e ter uma discussão ampla sobre cada aspeto da política externa e da estratégia de desenvolvimento”, acrescentou o Presidente da China.
Pequim está, deste modo, a aumentar a sua influência no Médio Oriente que, por sua vez, é uma região importante para revitalizar as rotas comerciais com a restante Ásia.
"A posição dos Estados árabes no centro da antiga rota comercial faz deles parceiros naturais nesta nova tarefa para a China", afirma o Presidente chinês.
“Isto marca um novo ponto de partida histórico na associação e cooperação entre a China e o mundo árabe”, acrescenta.
Xi Jinping anunciou ainda uma outra medida mais controversa. O Presidente da China irá investir cerca de 130 milhões de euros na “manutenção da estabilidade”, isto é, num regime de segurança em Xinjiang, uma região autónoma chinesa de maioria muçulmana.