Vários cientistas da Universidade Aberta estão a testar o "pó da Lua", uma vez que pode ser uma importante fonte de combustível, de material de construção e até de água potável para os astronautas.
Vão ser realizados vários testes com a colaboração da Agência Espacial Europeia (ESA) e de cientistas russos. Espera-se que ocorram ao longo de cinco anos na região polar sul da Lua.
As novas técnicas utilizadas por estes cientistas levaram a que se encontrasse concentrações muito maiores de água em algumas rochas do que eram evidentes nas investigações iniciais.
Mahesh Anand, professor de ciência e exploração planetária da Universidade Aberta, é pioneiro na busca de água na lua há dez anos. Tem colaborado também com cientistas na Alemanha para "derreter" o pó lunar e criar tijolos para uso em futuros projetos de construção no espaço.
Já o investigador Simon Sheridan está a desenvolver um "espectrómetro de massa" num protótipo do veículo espacial Moon Luvi , que está a ser projetado para "cheirar" gases na superfície em busca de água.
"A produção de água, seja de depósitos congelados nos polos lunares ou de água gerada das próprias rochas, será o primeiro passo para permitir missões de exploração espacial a longo prazo", afirmou o investigador.As pequenas amostras de rochas lunares que foram recolhidas durante a missão Apollo 11 da NASA encontram-se no Departamento de Ciências Físicas da Universidade Aberta em Milton Keynes.
Porquê revisitar a Lua?
A Lua está novamente a tornar-se um ponto fundamental na exploração espacial, com o anúncio de várias missões lunares nos próximos anos. A China, a Rússia, os EUA e a Europa estão a planear missões de alunagem na próxima década.
Formadas durante a criação do sistema solar, as antigas superfícies da Lua podem conter pistas sobre a origem da Terra e a evolução do sistema solar. Uma compreensão mais profunda da Lua e das suas rochas também pode fornecer recursos que iriam ajudar na exploração espacial mais profunda.