Cientistas desenvolvem neurónio artificial para ajudar pessoas com doenças cerebrais

por RTP
Lucy Nicholson, Reuters

Um grupo de cientistas desenvolveu células artificiais que podem ajudar a combater doenças mentais como o Alzheimer. Os chips cerebrais criados funcionam como se fossem verdadeiros neurónios.

A equipa da Universidade de Bath, no Reino Unido, usou uma combinação entre a matemática, a computação e o design para encontrar uma forma de replicar o circuito natural dos neurónios.

Os cientistas estão interessados em replicar os neurónios devido ao potencial que existe em tratar doenças mentais, onde os neurónios degeneram ou morrem.

Segundo Alain Nogaret, do departamento de Física da Universidade de Bath, a novidade desta pesquisa prende-se com a transferência das propriedades elétricas das células do cérebro para um circuito sintético feito de silicone.

“Até agora, os neurónios têm sido caixas negras, mas nós conseguimos abrir essas caixas e entrar lá dentro”, disse Nogaret à BBC. “A nossa pesquisa é uma mudança do paradigma, porque ela fornece um método bastante robusto para reproduzir minuciosamente as propriedades elétricas dos neurónios.”

A criação de neurónios artificiais que respondam aos sinais elétricos do sistema nervoso tem sido uma batalha na medicina, isto porque o desafio inclui o desenho dos circuitos e a conceção dos parâmetros que fazem com que esses circuitos se comportem como neurónios reais.

Os investigadores replicaram dois tipos de neurónios, onde se incluem as células do hipocampo, a área do cérebro que é mais importante na memória, e as células do cérebro que envolvem o controlo da respiração.
Esta pesquisa abre a possibilidade de reparar neurónios que tenham sido afetados por uma doença degenerativa e tratar situações como a doença cardíaca e o Alzheimer.
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