Clima. Biden quer que em 2030 metade dos carros vendidos nos EUA sejam elétricos

por RTP
Jonathan Ernst - Reuters

O presidente norte-americano quer que, até 2030, metade de todos os veículos novos vendidos sejam elétricos. A "ambiciosa meta" vai constar numa ordem executiva que Joe Biden deverá assinar esta quinta-feira.

O documento vai esclarecer que, até ao final da década em que nos encontramos, 50 por cento dos veículos novos vendidos nos Estados Unidos deverão ser “elétricos a bateria, híbridos ou elétricos a células de combustível”.

Este é o mais recente esforço da Administração Biden para reverter os planos traçados pelo ex-presidente Donald Trump, que desvalorizava as alterações climáticas e, inclusivamente, retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.

O novo objetivo anunciado por Biden foi acompanhado pela adesão voluntária ao mesmo compromisso por parte dos três maiores fabricantes de automóveis nos EUA: Ford, General Motors e Stellantis. As empresas prometem tentar alcançar vendas de 40 a 50 por cento de veículos sem emissões até 2030.

Segundo a Casa Branca, a ordem executiva assinada pelo presidente vai também apelar às autoridades federais competentes que aumentem as regulações no consumo de combustível e nas emissões de gases poluentes.

“Estas ações irão fortalecer a liderança americana no setor dos carros amigos do ambiente, uma vez que irão acelerar a inovação e a produção no setor automóvel, aumentando, ao mesmo tempo, os empregos e os salários”, referiu a Administração Biden.
Trabalhadores são a "arma secreta"
O United Auto Workers (UAW), maior sindicato norte-americano de trabalhadores do setor automóvel, já manifestou o seu apoio pelas medidas. “Os membros do UAW, atuais e futuros, estão prontos a construir esses carros e carrinhas elétricos e as baterias de que estes precisam”, declarou o presidente do sindicato, Ray Curry.

“Os nossos membros são a arma secreta da América para vencer esta corrida global [pelo clima]”, acrescentou.

Neste momento, os meios de transporte são os que mais contribuem para as alterações climáticas e os Estados Unidos estão em desvantagem no que toca a veículos elétricos. Enquanto, na Europa, cerca de dez por cento dos carros vendidos são elétricos, nos EUA o número é de dois por cento, segundo dados da Agência Internacional de Energia.

De acordo com a mesma entidade, os veículos nos Estados Unidos emitiram 824 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2019, o equivalente a cerca de 14 por cento do total de emissões nesse país.
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