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Congresso dos EUA chega a acordo para novas sanções à Rússia

por RTP
Michael Reynolds - EPA

A Câmara dos Representantes e o Senado dos Estados Unidos chegaram a acordo em relação ao projeto-lei que aprova sanções à Rússia, apesar das objeções do Presidente, numa altura em que as suspeitas de conluio entre a sua equipa de campanha e o Governo de Vladimir Putin estão a crescer. A Casa Branca já tinha dito que estava a rever o diploma. Falta saber, por enquanto, se Donald Trump vai usar o seu poder de veto para a travar.

O projeto-lei tinha sido apresentado no sábado, no dia em que se marcaram os primeiros seis meses da administração norte-americana, como forma de retaliação à ingerência russa nas eleições presidenciais.

A medida seguiu depois para o Senado, onde recebeu luz verde antes de chegar à Casa Branca, limitando a capacidade de Trump em removê-las.

Kevin McCarthy, líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, e Bob Corker, presidente do Comité do Senado para as Relações Externas, chegaram a um acordo sobre a legislação com novas sanções à Rússia, Irão e Coreia do Norte, anunciou o gabinete de Corker, citado pela CNN.

"Após discussões muito produtivas com McCarthy, fico feliz em anunciar que chegámos a um acordo que nos permitirá enviar legislação de sanções à mesa do Presidente [Donald Trump]", afirmou Corker em comunicado.

A votação na câmara baixa do Congresso foi de 419 a favor do agravamento das sanções, com apenas três contra. Em junho, um projeto similar foi aprovado no Senado por 98 votos contra apenas dois.
O porquê das sanções
Entre os motivos no reforço das sanções contra a Rússia estão "a suposta interferência durante a campanha eleitoral nos EUA no ano passado", e atribuição de sanções ao Irão e à Coreia do Norte "devido aos seus programas de armamento".

De acordo com o presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, este pacote de medidas é uma maneira de pressionar "os nossos maiores adversários de forma a proteger os norte-americanos".

"Os serviços de informações já chegaram à conclusão de que este ex-agente da KBG [Vladimir Putin] tentou interferir na nossa eleição (...) Se não fizermos nada, a Rússia continuará com as suas agressões", referiu o legislador conservador Ed Royce.

A grande maioria dos legisladores dos dois partidos apoia a resolução, o que torna um potencial veto presidencial num passo controverso.

No entanto, este tipo de chumbo do Presidente pode ser ignorado se dois terços dos membros de cada câmara votarem contra a decisão de Trump.

"Embora o Presidente apoie sanções duras à Coreia do Norte, ao Irão e à Rússia, a Casa Branca está a rever a legislação da Câmara [dos Representantes] e está à espera que um pacote final legislativo chegue à mesa do Presidente" antes de tomar uma decisão, disse a assessora Sarah Sanders, esta semana, em comunicado.
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