A Casa Branca anunciou esta terça-feira que Tom Bossert decidiu abandonar o cargo de conselheiro para a Segurança Interna. Em comunicado, a Administração Trump agradece o “compromisso” de Bossert.
A saída de Tom Bossert foi anunciada num curto comunicado emitido pela porta-voz da Casa Branca. “O Presidente agradece a Tom pelo seu compromisso para com a segurança do nosso grande país”, referiu Sarah Sanders. A Administração Trump enfatiza que “Tom liderou o esforço da Casa Branca para proteger os Estados Unidos de ameaças terroristas, fortalecer as nossas defesas cibernéticas e responder a um número sem precedentes de desastres naturais”.
Tom Bossert ganhou grande destaque durante a época de furacões. Foi o rosto da Administração Trump na resposta a estas catástrofes que atingiram estados como Porto Rico, a Flórida e o Texas. Estava ainda implicado na luta contra os ciberataques e o terrorismo. Em abril de 2017, Bessert visitou o Iraque, acompanhado pelo genro de Donald Trump Jared Kushner, no âmbito da luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico.
Demissões em série
A saída de Bossert acontece em pleno clima de tensão internacional devido ao conflito sírio. Os Estados Unidos acusam a Síria de ter levado a cabo um ataque químico em Doumas que matou pelo menos 40 pessoas. Donald Trump prometeu anunciar a resposta norte-americana até quarta-feira e não excluiu uma intervenção militar.
O próprio Tom Bossert tinha referido que uma intervenção militar era possível. Entrevistado pela ABC no passado domingo, o então conselheiro para a Segurança Interna enfatizou que a utilização de armas químicas é uma “prática inaceitável” e que “não excluiria” uma ação militar.
Esta saída junta-se a uma verdadeira debandada no seio da equipa de Donald Trump. Entre as figuras que abandonaram a equipa presidencial nos últimos meses encontram-se o secretário de Estado Rex Tillerson, o secretário da Saúde Tom Price e o estratega Steve Bannon.