Coreia do Norte dispara mais dois mísseis para o mar

por Lusa
A Coreia do Norte lançou mais dois mísseis balísticos de curto alcance D.R.

A Coreia do Norte disparou esta segunda-feira para o mar o que se suspeita serem dois mísseis balísticos, naquele que é o quarto lançamento de armas este mês, de acordo com o exército da Coreia do Sul.

Os Chefes do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disseram que o Norte terá disparado dois mísseis balísticos de uma área em Sunan, a localização do aeroporto internacional de Pyongyang.

O Gabinete do Primeiro Ministro do Japão também informou que foi detetado um possível lançamento de mísseis balísticos da Coreia do Norte, também sem fornecer mais pormenores.

A Guarda Costeira nipónica emitiu um aviso para os navios que percorrem as águas japonesas se precaverem.

O lançamento ocorreu após a Coreia do Norte ter realizado um par de testes de voo de um suposto míssil hipersónico a 5 e 11 de janeiro e também de mísseis balísticos de um comboio, numa aparente represália por novas sanções impostas pelos Estados Unidos.

Pyongyang tem vindo a intensificar os testes nos últimos meses de novos mísseis concebidos para sobrecarregar as defesas antimíssil na região.

Alguns especialistas dizem que o líder norte-coreano Kim Jong-un está a regressar a uma técnica testada e comprovada de pressionar os EUA e os vizinhos regionais com lançamentos de mísseis e ameaças, antes de oferecer negociações destinadas a obter concessões.

Um impulso diplomático liderado pelos EUA com o objetivo de convencer a Coreia do Norte a abandonar o seu programa de armas nucleares entrou em colapso em 2019, após a administração liderada por Donald Trump ter rejeitado as exigências de Kim Jong-un, no sentido de um alívio de sanções importantes em troca de uma rendição parcial das suas capacidades nucleares.

Desde então, o líder norte-coreano comprometeu-se a expandir ainda mais um arsenal nuclear que vê como uma garantia de sobrevivência, apesar do impacto na economia do país devido ao encerramentos de fronteiras relacionados com a pandemia de covid-19 e das sanções lideradas pelos Estados Unidos.
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