O embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas disse este sábado que a possibilidade de desnuclearização está “fora da mesa” de negociações com os Estados Unidos. Kim Song considerou ainda que o diálogo que Washington procurou junto de Pyongyang foi “um truque” com objetivo de se adequar à agenda de política doméstica.
Kim Song, embaixador da Coreia do Norte junto das Nações Unidas, considerou que o “diálogo sustentado e substancial” procurado pelos Estados Unidos foi “um truque” para efeitos de política doméstica, mais concretamente a pensar na reeleição em 2020.
As declarações surgem um dia depois de Pyongyang ter voltado aos ataques verbais contra o Presidente norte-americano, com um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros a classificar Donald Trump como “um velhote na sua decadência”.
Não houve até agora reação por parte do Departamento de Estado às declarações do embaixador norte-coreano.
Para além destas duas cimeiras e das várias reuniões de ambas as equipas de negociação, Trump e Kim estiveram reunidos em junho último na Zona Desmilitarizada na fronteira entre as Coreias (DMZ). Na altura, o Presidente norte-americano fez uma deslocação surpresa a Panmunjom depois de ter participado na cimeira do G20, que decorreu em Osaka, no Japão.
A Coreia do Norte tem sido veemente ao exigir aos Estados Unidos para que mudem a sua posição quanto à desnuclearização, bem como na exigência de levantamento de sanções. Kim Jong-un já avisou mesmo que, se Washington não mudar de ideias, Pyongyang irá seguir “um novo caminho” no próximo ano.
De recordar que anteriormente a estas tentativas de negociação, até ao final de 2017, a Coreia do Norte realizou vários testes de mísseis balísticos de longo alcance.
Na última terça-feira, o Ministério norte-coreano dos Negócios Estrangeiros exigia a Washington a mudança nas “políticas hostis” e salientou que caberia a Washington decidir que “prenda de Natal” iriam receber no final deste ano.
(com agências internacionais)