Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Manuel de Almeida - Lusa

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

Mais atualizações



23h35 - Doenças crónicas e falhas na Saúde Pública 'alimentaram' mortes por Covid-19

A interação da Covid-19 com o aumento das doenças crónicas e fatores de risco associados, como a obesidade e a poluição, nos últimos 30 anos, criou a tempestade perfeita para 'alimentar' as mortes pelo novo coronavírus, defendem os cientistas.

Num estudo hoje publicado na revista The Lancet, os especialistas revelam que o aumento da exposição aos principais fatores de risco (incluindo hipertensão, açúcar elevado no sangue e colesterol elevado), combinada com o crescimento das mortes por doenças cardiovasculares em alguns países, "sugere que o mundo pode estar a aproximar-se de um ponto de inflexão nos ganhos em esperança média de vida".

As conclusões são do Global Burden of Disease Study (GBD), que envolve especialistas que trabalham em mais de 1.100 universidades , centros de pesquisa e agências governamentais de 152 países e fornecem um novo olhar sobre como os países foram preparados em termos de saúde para a pandemia de covid-19 e estabelecem a verdadeira escala do desafio que representam as novas ameaças de pandemia.

23h19 - Estudo conclui por baixa probabilidade de contágio com SARS-CoV-2 num avião

Um estudo do exército norte-americano concluiu que a probabilidade de contrair Covid-19 num avião é muito baixa, graças a bons sistemas de ventilação e se os passageiros usarem máscara.

Os investigadores, do comando de transportes do exército dos Estados Unidos (US Transcom) e da Agência para os Projetos de Investigação Avançada da Defesa (Arpa), com a cooperação da empresa United Airlines, realizaram os testes a bordo de aviões de longo curso Boeing 767 e Boeing 777, tanto em terra como em voo.

Durante oito dias seguidos no mês de agosto analisaram a progressão possível do contágio, através de marcadores fluorescentes e de captadores do volume de aerossóis contagiosos transmitidos a outros passageiros através de um manequim, a simular uma pessoa infetada e a respirar normalmente.

De acordo com os resultados agora divulgados, em cerca de 300 testes e graças aos sistemas de ventilação sofisticados instalados nos aparelhos referidos, 99,7 por cento das partículas infetadas eram eliminadas em cinco minutos e antes de atingirem os passageiros mais próximos, sentados ao lado, diretamente à frente ou imediatamente atrás do manequim 'infetado'.

Ao avaliar a propagação até às 40 cadeiras mais próximas do manequim, a redução dos aerossóis atingiu 99,9 por cento. Os responsáveis pelos transportes militares concluíram que, mesmo em plena capacidade, o nível de transmissão do SARS-CoV-2 era nulo em 12 horas de voo.

Os testes basearam-se na premissa de um único passageiro infetado e no princípio de que todos os passageiros usavam máscara permanentemente, sem estudar o risco de transmissão do vírus caso um passageiro infetado se passeasse pelos corredores entre as cadeiras.

22h45 - Europa. OMS diz que a pandemia está numa situação muito preocupante

A OMS apela aos governos europeus para reforçar as restrições de circulação para salvar vidas e evitar novos confinamentos generalizados.


22h37 - Brasil regista 28.523 novos casos e 713 óbitos

Nas últimas 24 horas, o Brasil contabilizou 28.523 novas infeções por Covid-19 e 713 mortes, segundo anunciou o Ministério da Saúde esta quinta-feira.

O país regista agora 152.460 mortes por Covid-19 e 5.169.386 casos desde o início da pandemia.

22h17 - Ministro italiano critica Ronaldo por ter viajado entre Portugal e Itália com o vírus

O ministro italiano do desporto coloca em causa o cumprimento das regras anti-covid por parte de Cristiano Ronaldo. O capitão da Seleção Nacional torceu por Portugal na vitória frente à Suécia desde Turim.


22h05 - Escola suspende crianças por terem partilhado lanche

Quatro alunos foram suspensos por terem partilhado comida no intervalo das aulas. Um dos alunos de Rio de Mouro diz que apenas partilhou metade de uma sandes com um amigo que não tinha nada para comer.

A diretora da escola afirma que o aluno foi "repetidamente" avisado de que não podia partilhar nem comida, nem material.

21h45 - Pelo menos 13 infetados em surto ligado a valências da Misericórdia de Vila Viçosa

Pelo menos 13 pessoas relacionadas com um surto de covid-19 identificado em valências da Santa Casa da Misericórdia de Vila Viçosa (Évora) testaram positivo ao novo coronavírus, disse hoje Jorge Rosa, provedor da instituição.

Em declarações à agência Lusa, o provedor indicou que os casos positivos de covid-19 são oito utentes do Centro de Dia de Bencatel, no concelho de Vila Viçosa, uma funcionária daquele centro e dois familiares, o marido e a filha, e dois utentes do lar de Vila Viçosa.

21h35 - Aumento de casos de covid-19 intensifica pressão nos hospitais

Os médicos temem que a rutura possa estar iminente, não por falta de camas, mas por falta de recursos humanos. O diretor de infeciologia do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, pede acima de tudo que a população respeite as medidas, porque só desse modo se consegue cortar as cadeias de transmissão.


21h20 - Sobe para 145 o número de estudantes de Erasmus infetados no Porto

Subiu para 145 o número de estudantes do programa de Erasmus infetados com o novo coronavírus no Porto, sendo que 101 são da Universidade do Porto (U. Porto), 29 do Instituto Politécnico (IPP) e 15 da Católica, revelaram as instituições.

À Lusa, o gabinete de comunicação da U. Porto adiantou que foram detetados mais 19 casos positivos de estudantes do programa Erasmus [de mobilidade académica entre estudantes de todo o mundo], passando de 82 para 101 o número de infetados com covid-19.

O gabinete de comunicação do IPP disse hoje que não foram detetados mais casos positivos, mantendo-se os 29 casos de infeção por SARS-CoV-2 já confirmados do programa de mobilidade neste estabelecimento de ensino.

20h33 - Estudo da OMS conclui que Remdesivir tem pouco efeito na mortalidade da Covid-19

Um ensaio clínico da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que o tratamento com o antiviral Remdesivir não apresenta um efeito substancial na recuperação de um doente à infeção por Covid-19.

De acordo com uma cópia do estudo à qual o Financial Times teve acesso, o ensaio da OMS, que estudou os efeitos do Remdesivir e de três outros potenciais medicamentos contra a Covid-19, incluindo também a hidroxicloroquina, em 11,266 doentes hospitalizados, concluiu que nenhum dos tratamentos “afetou substancialmente a mortalidade” ou reduziu a necessidade de os pacientes recorrerem a ventiladores.

Os resultados do estudo da OMS também mostraram que os medicamentos tiveram pouco efeito sobre o período de internamento dos pacientes. No entanto, os especialistas da OMS afirmam que o estudo foi projetado principalmente para avaliar o impacto na mortalidade hospitalar.

Inicialmente desenvolvido contra o ébola, o Remdisivir foi um dos medicamentos usados para o tratamento de Donald Trump, depois de este ter testado positivo à Covid-19. O presidente dos EUA tem vindo a defender o uso deste fármaco.

O Remdesivir recebeu aprovação parcial para uso nos EUA e na União Europeia após um teste do Intituto Nacional de Saúde dos EUA, em abril, ter mostrado que reduziu o tempo de recuperação da Covid-19.

20h25 - StayawayCovid. Marcelo admite submeter obrigatoriedade ao Constitucional

O presidente da República admite enviar a obrigatoriedade do uso da aplicação StayawayCovid para o Tribunal Constitucional se houver dúvidas dos deputados.
Marcelo Rebelo de Sousa considera que a pandemia é um assunto demasiado sério para que o país perca demasiado tempo em telenovelas.

20h20 - Máscara obrigatória? Costa não quer ser "autoritário", mas ...

Há contestação e polémica por causa das intenções do Governo em tornar obrigatória a aplicação que regista os casos de infecção por covid-19 e o uso da máscara na rua.
Perante as muitas criticas e condenações o primeiro ministro responde que odeia ser autoritário, mas diz que, neste momento, é preciso tomar estas medidas para controlar a pandemia.

20h00 - Valentino Rossi testou positivo à Covid-19

É mais um caso do novo coronavírus no desporto. O motociclista italiano Valentino Rossi testou positivo à covid-19 e vai falhar o Grande Prémio de Aragão de MotoGP.

O eneacampeão do mundo e piloto de 41 anos confirmou, através da rede social Twitter, esta tarde, a infeção.


19h45 - Lar de Castelo Branco com 29 utentes e funcionários infetados

O lar do Centro Social Beneméritos, em Póvoa de Rio de Moinhos, no concelho de Castelo Branco, tem entre utentes, funcionários e prestadores de serviço, 29 infetados com o novo coronavírus, que provoca a covid-19, foi hoje anunciado.

"Os números são preocupantes. Estamos sensibilizados para a situação e estamos a articular todos os meios para que não tomem proporções mais elevadas. Todos nós estamos preocupados. Esta Instituição de Solidariedade Social (IPSS) irá dar todos os esclarecimentos aos familiares dos utentes", afirmou hoje o presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves.

"Temos que ter serenidade e confiança nas instituições", apelou o autarca, que falava numa conferência de imprensa convocada de urgência para divulgar a situação.

Vinte e dois 22 utentes, cinco funcionários e uma médica e uma enfermeira que prestam ali serviço testaram positivo para o SARS-CoV-2, vírus da covid-19, e nove utentes testaram negativo, adiantou.

19h38 - Urgências do Centro de Saúde de Estremoz encerram devido a sete casos positivos

O Serviço de Urgência Básica (SUB) do Centro de Saúde de Estremoz (Évora) encerrou esta tarde devido à existência de sete casos positivos de covid-19, na unidade de saúde, disse o presidente do município, Francisco Ramos.

O autarca indicou à agência Lusa que o SUB do centro de saúde local fechou para desinfeção, devido a este foco de covid-19, que envolve sete pessoas infetadas, entre médicos, enfermeiros e auxiliares.

Francisco Ramos explicou que os doentes que se deslocarem ao SUB de Estremoz vão ser encaminhados para as urgências do hospital de Évora.

O presidente do município referiu ainda que está prevista a reabertura do SUB do centro de saúde, no próximo domingo, às 08h00.

19h30 - PR revela contactos para colaboração do setor privado com SNS para libertação de camas

O Presidente da República revelou hoje a existência de contactos para a colaboração do setor privado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) com o objetivo de libertar camas de cuidados intensivos para doentes com covid-19.

"Sabemos que, se houver um agravamento da situação, já há contactos que permitem a colaboração de outros setores, nomeadamente privado e social, mas privado em particular, com o SNS em termos de internamento e de cuidados intensivos, quer quanto a doentes covid quer quanto a doentes não covid, libertando portanto camas e estruturas de cuidados intensivos para doentes covid", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

19h24 - Ministro da Saúde da Suíça alerta que situação está a “agravar-se” a um ritmo alarmante

À medida que a Suíça regista um novo recorde de infeções diárias, o ministro da Saúde alertou na quarta-feira que a situação está a “agravar-se” a um ritmo alarmante. “Nos últimos dias, enfrentamos uma nova dinâmica, que é muito negativa e muito forte”, disse o ministro Alain Berset.

Na semana passada, Berset já tinha alertado: “A situação na Suíça está a agravar-se de forma mais rápida do que nos outros países”.

Esta quinta-feira, o país registou 2.600 novos casos, o maior aumento diário desde que foi registada a primeira infeção.

Desde o início da pandemia, a Suíça registou 71.140 casos de Covid-19 e 1.817 óbitos, totalizando uma taxa de 832 casos e 21 mortes por 100 mil pessoas. A proporção de testes positivos no país também aumentou de 5.4 para 10.2 por cento na última semana.

19h10 - França com mais de 30 mil novos casos

Nas últimas 24 horas, França registou um novo recorde de 30.621 novas infeções, elevando o total para 809.684. O número de óbitos relacionados com a Covid-19 também aumentou em 88, para um total de 33.125.

França foi, assim, o segundo país do mundo com um maior aumento diário de infeções, abaixo apenas da Índia, que registou 59.924 infeções nas últimas 24 horas.

18h57 - App Stayaway Covid com mais 177.470 downloads entre quarta-feira e hoje

A aplicação de rastreio StayawayCovid-19 foi descarregada por 177.470 'smartphones' entre quarta-feira e hoje, revelou hoje o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Segundo o instituto do Porto, entre quarta-feira e hoje, 177.470 pessoas descarregaram a aplicação de rastreio StayawayCovid-19, passando de 1.505.572 'downloads' na quarta-feira, para 1.683.042 'downloads' hoje.

De terça para quarta-feira, a aplicação foi descarregada por 73.509 dispositivos.

"É muito provável que os descarregamentos estejam relacionados com duas coisas, a tomada de decisão do Governo [sobre obrigatoriedade da utilização da aplicação], mas também o jogo da seleção [de futebol] de ontem [quarta-feira], porque nos últimos dois jogos da seleção foi feita muita divulgação. Não consigo avaliar a relação direta, mas que ela existe, existe", disse à Lusa Rui Oliveira, administrador do INESC TEC.

18h50 - PSD vai apresentar diploma idêntico ao do Governo retirando referências à aplicação

O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou hoje que o partido vai apresentar um diploma idêntico ao do Governo sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras na rua, mas sem as referências ao uso obrigatório da aplicação StayAway Covid.

Desta forma, explicou Rio aos jornalistas no parlamento, seria possível aprovar rapidamente “uma medida muito urgente” e deixar para analisar em comissão parlamentar “se efetivamente vale a pena explorar” a obrigatoriedade de utilização da aplicação informática salientando que as suas dúvidas são sobretudo sobre a sua eficácia.

“Estamos na disponibilidade, e é isso que vamos fazer, de apresentar um projeto lei que será igual à proposta de lei do Governo no que concerne às viseiras e máscaras. Na segunda parte [relativa ao uso da aplicação], o ideal será provavelmente baixar à comissão para se apurar se efetivamente vale a pena explorar aquela ideia ou se ela não tem sequer pés para andar porque a eficácia é muito reduzida face àquilo que está em causa”, disse.

Questionado se não considera, como outros partidos, que a obrigatoriedade do uso da aplicação levanta dúvidas constitucionais, o presidente do PSD considerou que esses valores têm de ser “dirimidos” com a eficácia.

“O que está em causa é um confronto entre direitos, liberdades e garantias e a eficácia. Se fosse verdadeiramente eficaz, se tivesse garantido que se poupariam muitas mortes, que se resolveria o problema, julgo que toda a gente de bom senso não tinha problema nenhum com a medida. O problema é a eficácia”, defendeu.

18h43 - PCP considera inadequada obrigatoriedade da utilização da 'app' e vai opor-se

PCP pediu hoje uma clarificação das situações em que será obrigatório o uso de máscara, para evitar “discricionariedade”, e considerou que a obrigatoriedade da utilização da aplicação StayAway Covid “é desadequada”, pelo que vai opor-se-lhe.

“Chamamos a atenção para as condições de utilização da máscara serem definidas com clareza para evitar os problemas que resultam dessa discricionariedade”, afirmou o líder parlamentar, João Oliveira, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa.

Já quanto à utilização da aplicação para telemóveis, o comunista considerou que "não é uma proposta adequada”.

“Naturalmente opor-nos-emos a ela, se essa questão for colocada na especialidade votaremos contra e, portanto, esse será o primeiro passo que daremos porque não consideramos que as condições em que esta proposta é apresentada sejam adequadas”, adiantou o deputado.

João Oliveira disse que o partido tem dúvidas “relativamente ao respeito por direitos liberdades e garantias previstos na Constituição” e identificou também uma “duvidosa determinação e eficácia das condições em que esta aplicação se prevê que seja utilizada”.

“Eu diria que não dão segurança a ninguém sendo inscritas na lei”, frisou, exemplificando: “no contexto de um serviço público, os trabalhadores que trabalham nesse serviço público, como estão em contexto laboral são obrigados a utilizar a aplicação mas quem se desloca aquele serviço público não é”.

18h32 - PS quer ouvir Proteção de Dados, constitucionalistas e especialistas em saúde sobre obrigatoriedade de uso de máscara e StayAway Covid

O PS quer ouvir a Comissão Nacional de Proteção de Dados, constitucionalistas como Vital Moreira ou Jorge Reis Novais e especialistas em saúde sobre a proposta do Governo de tornar obrigatórias as máscaras e a aplicação StayAway Covid.

De acordo com o requerimento hoje entregue na Assembleia da República e que será votado na terça-feira na 1.ª Comissão, os socialistas querem ouvir, na área da saúde, o virologista Pedro Simas, o pneumologista Filipe Froes e o epidemiologista Henrique Barros, atual presidente do Conselho Nacional de Saúde, e que já criticou a proposta do Governo.

Tal como tinha anunciado hoje de manhã a líder parlamentar Ana Catarina Mendes, o grupo parlamentar do PS formalizou o pedido de audições ao presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, o social-democrata Marques Guedes, “tendo em conta as dúvidas que a matéria suscita, nomeadamente do ponto de vista da constitucionalidade e da previsível eficácia das medidas, e realçando o papel essencial da Assembleia da República na defesa de Direitos, Liberdades e Garantias”.

18h15 - Mais de metade dos países da UE marcados a vermelho no novo mapa do ECDC 

O Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) começou a publicar hoje mapas sobre a covid-19 no território europeu, tal como solicitara o Conselho da União Europeia, sendo evidente o agravamento da situação epidemiológica.

Disponíveis na página de Internet do ECDC (https://www.ecdc.europa.eu/en/covid-19/situation-updates/weekly-maps-coordinated-restriction-free-movement), os mapas, que serão atualizados semanalmente, às quintas-feiras, compreendem os critérios recomendados pelo Conselho da UE, no quadro dos esforços para coordenar as restrições à liberdade de circulação na União devido à pandemia, estabelecendo um ‘semáforo’ uniformizado.

O Centro Europeu de Controlo de Doenças, com sede na Suécia, explica que ‘pinta’ a verde as regiões onde a taxa de notificação de novos casos nos 14 dias anteriores é inferior a 25 casos por 100 mil habitantes e a taxa de testes positivos fica abaixo dos 4%, e a laranja as zonas em que a no espaço de duas semanas há menos de 50 novos casos de infeção por 100 mil habitantes, mas a taxa de testes positivos é igual ou maior a 4% ou, no caso de esta ficar abaixo do limiar dos 4%, a taxa de notificação se encontrar entre os 25 e 150 casos por 100 mil habitantes.

Deixando a cinzento as zonas para as quais não há suficiente informação ou a taxa de testes é inferior a 300 casos por 100 mil habitantes – o que se aplica a vários Estados-membros, nesta primeira publicação, por razões não explicitadas -, o ECDC coloca a vermelho as regiões em que a taxa de notificação a 14 dias é igual a superior a 50 por 100 mil habitantes e a taxa de testes positivos é igual ou maior a 4%.

O mapa com os critérios combinados coloca a vermelho boa parte da União Europeia - e do Espaço Económico Europeu e Reino Unido -, apontando o Centro Europeu que, à data de hoje, foram notificados 4.417,239 casos na UE/EEE e Reino Unido, surgindo Espanha à cabeça, com mais de 900 mil casos.

Também até à data de hoje, e de acordo com os dados transmitidos pelos países ao ECDC, morreram já quase 200 mil pessoas na Europa vítimas da covid-19 (198.004 óbitos), surgindo neste caso à cabeça da lista o Reino Unido, com mais de 43 mil mortes, à frente de Itália (36.289), Espanha (33.413) e França (33.037).

18h07 - Espanha registou mais de 13.000 novos casos e 140 mortes

Espanha registou hoje 13.318 novos casos de covid-19 elevando para 921.374 o total de infetados no país, dos quais 61.388 diagnosticados na última semana, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.

Por outro lado, as autoridades contabilizaram mais 140 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 33.553.

A região de Madrid lidera a lista de novos casos positivos, com 2.870, e um total de 273.615.

Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.473 pessoas, das quais 333 em Madrid, 242 na Catalunha e 237 na Andaluzia.

Em todo o país há 11.692 pessoas hospitalizadas com a doença, das quais 1.702 pacientes em unidades de cuidados intensivos.

O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, defendeu hoje no parlamento o estado de emergência em vigor em Madrid devido à situação "muito preocupante, muito instável e muito frágil", não se podendo "baixar a guarda" nessa região.

Governo central, de esquerda, e autoridades regionais, de direita, continuam de "costas voltadas", com posições diferentes em relação à forma como se deve lutar contra a pandemia nesta comunidade autónoma.

O executivo regional e os partidos de direita aproveitam todas as oportunidades para criticar o estado de emergência imposto, defendendo que a medida foi tomada por razões políticas e não epidemiológicas.

Entretanto, a cidade de Salamanca, a cerca de 120 quilómetros de Portugal, ficará parcialmente fechada e com medidas restritivas durante 14 dias a partir de sexta-feira à noite, para conter a progressão de covid-19, anunciaram hoje as autoridades regionais de Castela e Leão.

18h00 - Sobe para 11 número de mortes nos lares da Misericórdia de Bragança

Um idoso de 84 anos morreu nas últimas horas, elevando para 11 o número de óbitos no surto de novo coronavírus nos lares da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, informou hoje a instituição.

Os dados foram divulgados hoje pela Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia, através do Gabinete de Comunicação e Imagem, com a indicação de que fará novo ponto da situação quando "houver dados relevantes a comunicar".

O surto nos lares da Misericórdia de Bragança já atingiu mais de 140 dos cerca de 170 utentes, onze dos quais morreram.

Além dos idosos, existem ainda 43 casos ativos de infeção entre os trabalhadores da instituição.

Do total de infetados desde o início do surto, foram registados "três casos de recuperação" relativos a trabalhadores.

17h50 - Federação sindical diz que obrigatoriedade de “Stayaway Covid” viola direitos constitucionais

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) considerou hoje que a obrigatoriedade de instalação da aplicação para telemóvel “StayAway Covid” no setor “é absurda e viola os direitos constitucionais” dos funcionários públicos e dos cidadãos.

O Governo entregou no parlamento a proposta de lei que torna obrigatório o uso de máscara na rua e a "utilização StayAway covid em contexto laboral ou equiparado, escolar e académico", sob pena de multa até 500 euros.

A proposta de lei determina que esta obrigatoriedade "abrange em especial os trabalhadores em funções públicas, funcionários e agentes da Administração Pública, incluindo o setor empresarial do Estado, regional e local, profissionais das Forças Armadas e de forças de segurança".

“Para além dos óbvios problemas de violação de direitos, liberdades e garantias do cidadão que afetam tal medida, nomeadamente o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais, importa salientar igualmente que os trabalhadores da Administração Pública, durante toda esta difícil e exigente fase pandémica, têm demonstrado grande sentido de responsabilidade e cumprimento das normas estabelecidas pelas autoridades competentes”, afirmou a FESAP num comunicado.

Para a federação sindical, não é equacionável uma situação em que as forças de segurança irrompem por um qualquer serviço público aferindo se os trabalhadores têm telemóvel, de que tipo de aparelho se trata, se têm a aplicação instalada, se esta funciona ou se porventura sequer têm acesso à Internet.

“Situações desta natureza não são sequer imagináveis de acontecerem num Estado democrático e de Direito como é o nosso país”, considerou.

A FESAP defendeu ainda na nota de imprensa que “a maior preocupação do Governo deve dirigir-se para a necessidade de assegurar que todos os serviços estão dotados dos meios necessários para garantir a segurança sanitária dos seus trabalhadores”.

“A FESAP espera que tal legislação, por motivos óbvios, não mereça a aprovação do parlamento ou mesmo que possa vir a ser retirada”, disse.

O Governo tem urgência na discussão deste diploma e propôs que seja debatido na quinta-feira, 23 de outubro.

17h40 - Onze milhões de meninas no mundo em risco de não regressarem à escola

Onze milhões de meninas no mundo correm o risco de não regressarem à escola após o levantamento das restrições impostas por causa da atual pandemia da doença covid-19, alertou hoje a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay.

A líder da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) encontra-se na República Democrática do Congo, onde visitou esta quinta-feira um liceu em Kinshasa, três dias depois do arranque do ano escolar naquele país.

“Lançámos uma campanha de comunicação sobre a necessidade de as meninas regressarem à escola", declarou a representante.

A educação das crianças do sexo feminino “continua a ser infelizmente muito desigual" no mundo, lamentou a ex-ministra da Cultura francesa, salientando que a educação e o acesso às salas de aulas das meninas e das adolescentes são uma das prioridades da UNESCO.

Ao lado da diretora-geral da UNESCO, o ministro da Educação Primária e Secundária da República Democrática do Congo, Willy Bakonga, convidou a agência da ONU a apoiar o sistema público de ensino primário gratuito que foi criado pelo Presidente Félix Tshisekedi em setembro de 2019.

Esta medida permitiu que mais de quatro milhões de crianças entrassem pela primeira vez ou reentrassem no sistema educativo, segundo frisou o ministro.

Saudando esta reforma "muito ambiciosa", Audrey Azoulay ressalvou, no entanto, que a medida apresenta “enormes desafios”, nomeadamente ao nível “de infraestruturas, número de escolas, formação de professores e da capacidade de financiar os salários dos docentes”.

Ainda sobre a República Democrática do Congo, Audrey Azoulay apelou às meninas daquele país para que continuem os estudos “o máximo de tempo possível", prometendo apoiar as autoridades locais "no esforço massivo que deve ser feito para a qualidade da educação”.

“Este é o apelo que já fizemos junto do Banco Mundial", concluiu a diretora-geral da UNESCO.

O custo da educação gratuita está estimado em cerca de 2,64 mil milhões de dólares por ano (cerca de 2,25 mil milhões de euros), um montante pesado para a República Democrática do Congo, cujas receitas orçamentais não excediam os 2,5 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) em setembro passado, segundo os dados do banco central local.

17h20 - Reino Unido com número de mortes acima da centena pelo terceiro dia consecutivo

O Reino Unido registou 138 mortes, o terceiro dia consecutivo em que ultrapassa a barreira da centena, e 18.980 novas infeções de covid-19, nas últimas 24 horas, anunciou hoje o Ministério da Saúde britânico.

Na quarta-feira tinham sido registadas 137 mortes e 19.724 novos casos.

O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 no Reino Unido é agora de 673.622 casos de infeção confirmados e de 43.293 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.

O número de pessoas hospitalizadas também aumentou, para 4.941, das quais 563 com auxílio respiratório por ventilador.

Hoje, o ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciou no parlamento que Londres e várias outras áreas de Inglaterra vão ser elevadas para o segundo nível de restrições desenhadas para tentar conter a pandemia de covid-19.

O nível "muito elevado", o segundo mais alto de uma escala de três, proíbe o convívio entre agregados familiares em espaços fechados como casas ou locais públicos como bares e restaurantes, para além das medidas atualmente em vigor.

A maior parte da Inglaterra ainda se encontra no nível "médio", o mais baixo desta escala, que permite o convívio social em espaços fechados ou ao ar livre, mas em grupos de até seis pessoas e obriga ao encerramento de bares e restaurantes às 22:00.

Hancock admitiu que o vírus está a crescer "exponencialmente" no Reino Unido, mas defendeu a estratégia de tentar agir localmente para suprimir o vírus e evitar a sobrecarga dos serviços de saúde sem fechar escolas nem a atividade económica.

"O vírus não está a espalhar-se de forma uniforme e a situação é particularmente grave em várias partes do país", afirmou, adiantando que na capital britânica, o número de casos está a duplicar a cada 10 dias e a taxa média ao longo dos últimos sete dias até hoje é de 97 casos por 100 mil habitantes.

17h07 - Itália com novo recorde diário de casos: 8.804 em 24 horas

Nas últimas 24 horas, Itália registou 8.804 novas infeções, quase mais 1.500 do que o recorde de quarta-feira. O número de mortes também quase duplicou, com 83 óbitos registados esta quinta-feira.

O número de pessoas hospitalizadas aumentou em mais de 300 para um total de 5.796, com 586 doentes nos cuidados intensivos. No total, Itália contabiliza 381.602 casos de Covid-19 e 36.372 mortos.

Entre as regiões mais afetadas estão a Lombardia com 2.067 novos casos, a Campânia com 1.127 e Piemonte com 1.033.

O Governo italiano excluiu, até agora, a possibilidade de um novo confinamento a nível nacional. No entanto, o primeiro-ministro Giuseppe Conte parece ter recuado na quinta-feira na sua opinião, ao afirmar que grande parte desta decisão depende do comportamento dos italianos.

“Se aumentar o número de infecções e de pessoas hospitalizadas, principalmente nos cuidados intensivos, voltaremos a ter problemas”, afirmou o primeiro-ministro italiano.

16h45 - Quase metade dos casos do surto no lar ilegal de Évora recuperou da doença

Quase metade das pessoas infetadas com covid-19 no surto detetado no lar ilegal de Évora recuperou da doença e não foram reportados novos casos relacionados nos últimos 28 dias, divulgou hoje o município.

Em comunicado, a Câmara de Évora indicou que, dos 53 casos identificados neste surto, "22 já estão recuperados" e que se mantêm "29 ativos", registando-se dois óbitos (duas utentes), mas "apenas um foi atribuído à covid-19".

Dos casos ativos do surto do Lar da Quinta da Sizuda, situado na periferia de Évora, um deles está internado em enfermaria no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), adiantou a autarquia alentejana.

"Não foram reportados novos casos de infeção nos últimos 28 dias com origem" neste surto, acrescentou.

Contactada pela Lusa, uma fonte do município precisou que continuam na residência universitária 15 utentes e uma funcionária com covid-19, referindo que outras 14 pessoas (13 utentes e uma funcionária) já recuperaram da doença e saíram daquele espaço.

Ao contrário do que tinha sido divulgado na segunda-feira pelo Instituto de Segurança Social, apenas uma das duas funcionárias que foram instaladas na residência, por não terem condições de isolamento em casa, recuperou da covid-19, indicou a câmara.

Os utentes infetados que não necessitaram de internamento e duas funcionárias que não tinham condições de isolamento em casa foram transferidos do lar ilegal para uma residência universitária na noite do dia 17 de setembro.

16h15 - Kamala Harris suspende campanha até domingo por causa de pandemia

A candidata democrata a vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, anunciou hoje que suspende até domingo a sua atividade de campanha, devido a casos de covid-19 na comitiva.

Dois membros da equipa de campanha de Kamala Harris, incluindo a diretora de comunicação, tiveram testes positivos para o novo coronavírus, obrigando a candidata a suspender as iniciativas previstas para os próximos dias.

"Por excesso de cautela e de acordo com o compromisso da nossa equipa de campanha com os mais altos níveis de precaução, cancelamos a viagem da senadora Harris até domingo", explicou num comunicado a equipa de campanha do candidato democrata, Joe Biden.

A senadora não manteve contacto com as duas pessoas infetadas nas 48 horas anteriores ao teste positivo, esclareceu a comitiva. Ainda assim, a candidata vai permanecer fora da rota de campanha.

A direção da campanha democrata à Casa Branca esclarece ainda que Joe Biden e Kamala Harris têm feito testes regulares, sempre com resultados negativos, realçando que todos os elementos da comitiva procuram respeitar todas as recomendações de proteção, incluindo o uso de máscara.

16h10 - Se pandemia se agravar, “há condições para alargar os recursos disponíveis”, diz Marcelo

Questionado sobre o Natal e passagem de ano e se estão a ser pensadas medidas mais musculadas para esta altura do ano que mobiliza várias famílias, Marcelo diz que fez um apelo e deu o seu exemplo: “Se é possível fazer um esforço que permita minimizar risco, o que é que custa às pessoas, que podem fazê-lo, minimizar o risco?”.

Sem avançar sobre se serão tomadas medidas mais apertadas para estas datas, o presidente da República relembrou que o confinamento, “em rigor, nunca foi uma obrigação. Foi voluntário e foi aceite, porque as pessoas perceberam que ou faziam isso, ou havia um galope” da pandemia.

“Com serenidade, vamos preparando”, disse Marcelo, garantindo que “se houver um agravamento, há condições para alargar os recursos disponíveis que serão disponibilizados à medida do necessário”.

Voltando à questão do uso de máscara na rua, o presidente da República afirma que “faz sentido a recomendação e se isto se agravar fará sentido avançar para a obrigatoriedade”. Mas questiona: porque não ao contrário? “Avançar já para a obrigatoriedade, porque recomendação já existe há muito tempo. Talvez seja a altura de não esperarmos por três mil ou quatro mil casos para depois estarmos a discutir novamente se deve ser uma recomendação ou uma obrigatoriedade”, concluiu Marcelo.

16h00 - Marcelo diz que se houver dúvidas sobre StayAway Covid, terá de pedir fiscalização

Num comentário sobre a evolução da pandemia e, em concreto, sobre a polémica em torno da obrigatoriedade do uso da aplicação StayAway Covid, o presidente da Repúbica considera que a questão que se coloca “é saber se a obrigatoriedade respeita a Constituição.” “Se se suscitarem dúvidas de constitucionalidade, será necessário clarificar”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Num caso em que existam dúvidas, prefiro mil vezes pedir ao Tribunal Constitucional que esclareça de uma vez por todas, do que avançar com uma decisão que arrasta uma polémica”, reiterou o presidente da República.

Sobre a obrigatoriedade de uso de máscara em espaços públicos, Marcelo diz que vai esperar pela deliberação do Parlamento, mas afirma que não viu ser suscitada a questão da constitucionalidade. “Aliás, vários países democráticos, com Constituições tão democráticas quanto a nossa, têm vivido essa obrigatoriedade de uso de máscara, no caso de agravamento da situação, em espaços públicos onde o distanciamento não seja respeitado”, sublinhou o presidente da República.

Marcelo reconhece que “estas matérias são muito sensíveis” e apela aos portugueses que “atuem e reajam com serenidade. Nem uma dramatização excessiva de um lado, nem uma desdramatização excessiva do outro. Tem de haver um equilíbrio”.

15h50 -  ONU adverte para riscos da corrupção

O secretário-geral da ONU advertiu hoje para os riscos de corrupção de governos e empresários em tempos de pandemia, alertando que pode "minar a boa governação em todo o mundo" e atrasar o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

"A resposta à pandemia está a criar novas oportunidades para explorar a supervisão fraca e a falta de transparência, desviando fundos destinados a quem mais necessita", disse António Guterres num comunicado, sublinhando que face à situação urgente os governos "podem agir precipitadamente sem verificar os fornecedores ou determinar preços justos".

O dirigente das Nações Unidas acusou ainda "comerciantes sem escrúpulos" capazes de venderem produtos e testes defeituosos e medicamentos falsificados.

Segundo Guterres, tal combinação causou aumentos escandalosos nos preços de bens necessários e impediu que muitas pessoas tivessem acesso a tratamentos que lhes poderiam ter salvo a vida.

Instou assim ao trabalho conjunto para acabar com as práticas ilegais e "medidas drásticas contra os fluxos financeiros ilícitos e os paraísos fiscais".

"Juntos temos de criar, sem demora, sistemas mais sólidos para a prestação de contas, a transparência e a integridade. Temos de responsabilizar todos os líderes", disse Guterres.

15h37 -  Von der Leyen deixa Conselho Europeu após contacto com infetado

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou hoje que iria abandonar mais cedo o Conselho Europeu que decorre em Bruxelas para se isolar por ter tido contacto com um caso de covid-19 na sua equipa.

"Acabo de ser informada de que um membro da minha equipa acusou positivo para a covid-19 esta manhã. Eu própria tive um teste negativo, mas como precaução deixo imediatamente o Conselho Europeu para entrar em isolamento", declarou Ursula von der Leyen, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Antes da sua participação na cimeira de chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), que decorre entre hoje e sexta-feira em Bruxelas, Ursula von der Leyen esteve esta manhã reunida com o primeiro-ministro português, António Costa, que lhe entregou o primeiro esboço do Plano de Recuperação e Resiliência português.

Ursula von der Leyen já tinha estado em isolamento no início do mês depois de ter participado no Conselho de Estado, em Portugal, onde também se verificou um caso positivo de covid-19.

15h30 -  Consultor da Casa Branca critica estratégia de imunidade de grupo

O principal consultor da Casa Branca no combate à pandemia de covid-19, Anthony Fauci, criticou hoje a declaração de um grupo de cientistas que apoia a estratégia de imunidade de grupo, que o Governo dos EUA pondera usar.

Fauci diz que é “um disparate total” apoiar a imunidade de grupo, enquanto conceito que defende que a propagação do vírus irá parar logo que uma parte importante da população seja contagiada, tornando-se imune.

O Governo do Presidente Donald Trump admitiu esta semana estar a ponderar mudar a estratégia de combate à pandemia de covid-19 através da adoção do modelo de imunidade de grupo, socorrendo-se de uma declaração conjunta de vários especialistas em imunologia em apoio dessa estratégia.

“Se conversarem com alguém que tenha alguma experiência em epidemiologia e doenças infecciosas, eles dirão que isso é muito arriscado e que acabarão com muitos mais contágios em pessoas vulneráveis, o que levará a mais hospitalizações e mortes”, disse Fauci, durante uma entrevista televisiva.

“Eu acho que basta olharmos para os números e perceber que isso é um absurdo”, explicou o consultor da Casa Branca, referindo-se ao facto de os EUA liderarem neste momento o mundo em número de casos de contaminação (cerca de oito milhões), incluindo mais de 217 mil mortes.

15h10 - Moscovo impõe registo eletrónico nos locais de diversão noturna

Os clientes dos locais de diversão noturna em Moscovo serão obrigados a partir de segunda-feira de fazer um registo eletrónico antes de entrarem nos estabelecimentos, medida que visa reforçar o rastreamento de contágios da doença covid-19, foi hoje divulgado.

A medida foi anunciada pela câmara da capital russa – que é atualmente o maior foco de infeção pelo novo coronavírus na Rússia (347.947 casos e 5.796 óbitos) - e vai abranger locais como bares, discotecas, salões de festas ou restaurantes, ou seja, estabelecimentos que estão abertos ao público entre a meia-noite e as 06:00 da manhã.

Os estabelecimentos estarão assinalados por um código de barras bidimensional (designado como Código QR) que os clientes terão de digitalizar.

A partir desse momento, os telemóveis dos clientes ficam registados, possibilitando desta forma que sejam posteriormente avisados se tiveram em contacto no estabelecimento em questão com um caso positivo da doença covid-19.

14h47 - Portugal com mais 2101 casos e 11 vítimas mortais nas últimas 24 horas

Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 2101 casos de infeção pelo novo coronavírus – o número mais elevado desde o início da pandemia-, elevando 93.294 o total acumulado desde o início da pandemia no país. Foram ainda contados 11novos óbitos no último dia, para um total de 2128.

Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, dos novos casos detetados, 1146 estão na região Norte, 733 em Lisboa e Vale do Tejo. 163 na região Centro, 40 no Alentejo, 13 no Algarve, cinco na Madeira e um nos Açores.

Dos 11 óbitos, sete foram registados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, dois na região Norte e outros dois na região Centro. 

Foram dadas como recuperadas da doença mais 588 pessoas no último dia, passando o total acumulado para 55.081.

Há hoje mais 36 pessoas internadas em hospitais do país, num total de 993. Mais quatro estão em unidades de cuidados intensivos, elevando para 139 o total.

Há mais 1502 casos ativos, passando o total acumulado para 36. 085.

14h45 - Áustria anuncia novo recorde diário ao somar 1.552 casos nas últimas 24 horas

A Áustria registou um novo recorde de infeções pelo novo coronavírus, com o país a somar 1.552 casos da doença covid-19 nas últimas 24 horas, informaram hoje as autoridades de saúde austríacas.

Quase um terço dos novos casos positivos, 480, foi registado na capital do país, Viena, cidade com 1,9 milhão de habitantes, segundo os dados oficiais.

Até à data, e desde o início da crise pandémica, o país contabiliza 877 vítimas mortais relacionadas com a doença covid-19.

A Áustria regista 148,5 casos por cada cem mil habitantes, de acordo com os dados acumulados da situação epidemiológica nos últimos 14 dias.

14h35 - Açores com novo caso positivo e duas recuperações nas últimas 24 horas

As 1.306 análises realizadas nos dois laboratórios de referência do Açores nas últimas 24 horas diagnosticaram um caso positivo de covid-19 na ilha de São Miguel, informou hoje a Autoridade de Saúde Regional.

No seu comunicado diário, aquela entidade indica ainda que foram registadas duas recuperações, uma na ilha de São Miguel (um homem de 37 anos) e outra na Terceira (uma mulher de 32), o que eleva para 217 o número de casos recuperados.

Quanto ao novo caso diagnosticado, trata-se de um homem de 27 anos, "não residente na região, proveniente de ligação aérea com território continental português, que obteve resultado positivo no teste de despiste à SARS-CoV-2 realizado à chegada".

14h28 - Psicólogos alertam para aumento de doentes e falta de profissionais no SNS

A Ordem dos Psicólogos alertou para o aumento de procura de cuidados de saúde psicológica e mental, lembrando que os cuidados primários do Serviço Nacional de Saúde têm menos de três psicólogos para cada 100 mil habitantes.

Durante as crises económicas e pandemias, a saúde mental e psicológica das pessoas é atingida, alerta o estudo realizado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) hoje divulgado: "Crise económica, pobreza e desigualdades - Relatório sobre Impacto Socioeconómico e Saúde Mental”.

Os especialistas alertam para o agravamento da saúde mental e psicológica dos portugueses durante a pandemia de covid-19, e por isso defendem um reforço de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Existem cerca de 24 mil psicólogos no país e a pandemia levou à criação da Linha de Aconselhamento Psicológico do SNS24, mas o Serviço Nacional de Saúde conta apenas com 250 psicólogos ao nível dos cuidados primários.

14h12 - Europa com medidas cada vez mais apertadas no combate à pandemia

Numa altura em que vários países europeus continuam a bater recordes de infecções, as medidas restritivas são cada vez mais apertadas.
França desclarou estado de emergência e o recolher obrigatório entre as 21h00 e as 6 da manhã, em nove regiões metropolitanas, incluindo Paris.

14h03 - Governo francês proíbe todas as festas privadas, incluindo casamentos

O primeiro-ministro francês anunciou a proibição de todas festas privadas, incluindo casamentos.

13h59 - Doentes "não-Covid" preocupados com as falhas do SNS

Dizem que as atenções do Ministério da Saúde estão todas no combate à pandemia e que se estão a esquecer de que há outros doentes para tratar.
Lembram ainda que, por hora, morre em Portugal uma pessoa com uma doença do foro digestivo.

13h52 - Mais de 38,5 milhões de infetados no mundo desde início de pandemia

Mais de 38.571.770 pessoas foram infetadas em todo o mundo com o novo coronavírus desde que este foi descoberto em dezembro na China, indica um balanço da agência France-Presse.

O número de mortos no mesmo período foi de 1.093.624 e pelo menos 26.662.700 pessoas são consideradas curadas, segundo a AFP.

Nas últimas 24 horas registaram-se 5.948 mortos e 365.249 novos casos de covid-19. Os países que registaram mais mortes no último dia foram os Estados Unidos com 794 mortos, o Brasil com 749 e a Índia com 680.

13h45 - Sutos continuam a aumentar em lares

83 utentes e 14 profissionais da instituição de Beja estão infetados com o novo coronavírus. Foi também detetado um surto de Covid-19 no Hospital da Prelada, no Porto. Cinco utentes e 11 colaboradores estão infetados, mas sem sintomas associados à doença.

Numa creche na Maia, aumentou para quatro o número de crianças que testaram positivo.

13h39 - Visitas a doentes no Centro Hospitalar do Algarve voltam a estar suspensas

As visitas a doentes internados no Centro Hospitalar do Algarve voltam a estar suspensas, depois de terem sido permitidas no início de setembro.

De acordo com o conselho de administração está em causa o aumento do número de casos Covid-19. Há 17 profissionais infetados. Esta manhã, a delegada regional de saúde referiu-se a três novos caos, nos serviços de ortopedia e medicina 1, onde cinco doentes também testaram positivo à presença do novo corona vírus.


A RTP conseguiu saber que esta unidade não está a admitir novos doentes por se encontrar em quarentena.

Na unidade de Covid-19 do Hospital de Faro estão 29 pessoas internadas, em Portimão há sete.

A delegada regional de saúde diz que o Centro Hospitalar está a viver a normalidade possível.

13h25 - Países Baixos com novo recorde diário

Os Países Baixos registaram nas últimas 24 horas mais 7.791 casos de infeção.

13h19 - App obrigatória levanta dúvidas

O Governo entregou no Parlamento a proposta de lei com as duas situações que quer tornar obrigatórios o uso de máscara ou viseira na rua e a utilização da StayAwayCovid.

Esta obrigatoriedade de descarregar a aplicação no telemóvel é criticada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados e divide os constitucionalistas.

13h10 - Israel abaixo dos dois mil casos diários pela primeira vez em semanas

Israel ficou hoje abaixo dois mil casos diários do novo coronavírus pela primeira vez em semanas, mantendo a queda das infeções e confirmando que a segunda vaga está a começar a ser controlada após quase um mês de confinamento.

O Ministério da Saúde israelita divulgou a existência de 1.994 novos casos da doença nas últimas 24 horas, número prometedor para o país que registou uma escalada rápida em setembro e que chegou a ter 9.000 infetados num único dia.

A percentagem de positivos anda hoje à volta dos 5%, igual à da véspera, o que confirma que a propagação do vírus está a diminuir.

12h56 - Banca portuguesa com maior proporção de moratórias na Europa

Os bancos portugueses apresentam a maior proporção de moratórias do total bruto de créditos, num conjunto de 45 instituições europeias analisadas pela agência de notação financeira DBRS Morningstar.

"Os bancos portugueses têm a maior proporção de moratórias garantidas por crédito bruto nos bancos na análise, representando cerca de 22 por cento do total bruto de crédito, seguidos pelos bancos na Irlanda (13 por cento), Reino Unido (dez por cento) e Itália e Espanha (nove por cento)", indica um relatório divulgado esta quinta-feira.

O documento da DBRS refere que "o maior uso das moratórias legais foi registado em Portugal (88 por cento do total), Espanha (71 por cento), Suécia (67 por cento) e Itália (66 por cento)".

Em Portugal foram analisados o BCP, o Montepio e o Novo Banco.

12h50 - APDI e "doentes não-Covid" pedem plano sério para o inverno

Com os médicos sem mãos a medir, perante o aumento do número de casos de Covid-19, outros doentes queixam-se de estar a ser negligenciados.
Antena 1

Ana Sampaio, da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino, manifesta preocupação com doentes que se encontram sozinhos e sem acesso a médicos, a medicamentos e a vacinas.

12h46 - É urgente melhor e maior coordenação entre hospitais

Os hospitais estão em sobrecarga face ao excesso de procura. Um problema que, para o pneumologista Filipe Froes, está a impor aos médicos tarefas burocráticas desnecessárias e a desviá-los da sua verdadeira função.
Antena 1

Filipe Froes diz que, apesar de toda a pressão, os médicos ainda são obrigados a perder tempo com tarefas, como por exemplo transferir um doente de uma unidade hospitalar para outra, quando deveria existir uma equipa de secretariado dedicada exclusivamente a essa função.

12h33 - Cem infetados em lar de Beja

Surto do novo coronavírus no lar de idosos Mansão de São José em Beja com cem casos confirmados. Todos os 83 utentes do lar e 14 funcionárias.

Foram feitos 126 testes a funcionários e utentes, dos quais 15 são inconclusivos. Uma das utentes do lar está internada no hospital de Beja.

Esta manhã uma equipa de saúde composta por médicos e enfermeiros do Hospital José Joaquim Fernandes e dos Cuidados de Saúde Primários esteve no lar para avaliar o estado de saúde dos utentes.

12h23 - Governo angolano admite rutura de testes

A ministra da Saúde angolana, Silvia Lutucuta, admitiu hoje uma rutura temporária no `stock` de testes serológicos, que obrigou a cancelar voos domésticos, mas garantiu que será reposto na amanhã.

Questionada sobre a escassez de testes à chegada à Assembleia Nacional, para a sessão solene de abertura do ano parlamentar, que será marcada pelo discurso do Presidente João Lourenço sobre o Estado da Nação, a ministra confirmou que "houve um pequeno interregno" de dois dias no que diz respeito à oferta de testes serológicos que avaliam a exposição ao coronavírus.

Silvia Lutucuta justificou o problema com as ligações aéreas, mas afirmou que chegarão mais testes ao país na sexta-feira.

12h14 - China estuda criação de fórum sino-lusófono de cooperação e prevenção de epidemias

A China está a estudar a criação de um fórum sino-lusófono de cooperação e prevenção de epidemias, anunciou hoje o porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

A ideia é reforçar “a cooperação na área da saúde e prevenção de epidemias entre a China e os países de língua portuguesa”, explicou o porta-voz na conferência de imprensa regular do ministério.

Por outro lado, Pequim vai procurar promover as exportações na área da alimentação dos países lusófonos para a China, acrescentou.

O mesmo porta-voz salientou o papel da Região Administrativa Especial de Macau na articulação com os países de língua portuguesa durante a pandemia, em especial através do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Durante a pandemia, a China tem enviado medicação e equipamento para os países lusófonos, com os quais também promoveu formação e partilha de experiências sobre tratamento e prevenção relacionada com o novo coronavírus, com equipas no terreno e conferências ‘online’.

12h10 - FESAP considera que imposição da StayAway Covid colide com direitos individuais

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública não concorda com a proposta de lei do Governo para obrigar os trabalhadores a utilizarem a aplicação Stayaway Covid.

A FESAP sente que a imposição deste software colide com os direitos individuais. E que alerta os utilizadores para os contactos de risco com pessoas infectadas pelo novo coronavírus, através dos dados de geolocalização dos telemóveis.
Ouvido pela Antena 1, o secretário-geral José Abraão promete agir para proteger os funcionários públicos.

A proposta de lei pretende tornar obrigatório o uso da StayAway Covid no contexto laboral, escolar e académico. E a obrigatoriedade abrange em especial os trabalhadores em funções públicas, assim como o sector empresarial do Estado e ainda os profissionais das Forças Armadas e das forças de segurança.

11h59 - INE confirma recuperação do turismo em agosto face aos meses anteriores

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje a recuperação da atividade turística em agosto, apesar da queda de 43,2% nos hóspedes e de 47,1% nas dormidas face ao período homólogo do ano anterior.

Os valores relativos à atividade turística de agosto estão em linha com os avançados no início do mês, na estimativa rápida, apenas com uma ligeira diferença relativa à redução nas dormidas (47,2% na estimativa inicial), representando uma recuperação da atividade fortemente impactada pela pandemia de covid-19, depois das descidas de 63,8% e 67,8% de julho.

O setor do alojamento turístico (hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação) registou assim 1,9 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas em agosto, confirmou também o INE.

11h50 - Administradores hospitalares consideram urgente reativação de hospitais de campanha

Os administradores hospitalares sugerem o recurso ao sector privado e social, que podem ajudar o Serviço Nacional de Saúde.
Alexandre Lourenço alerta, porém, para a falta de meios humanos, como médicos ou enfermeiros, para trabalhar nestes espaços de resposta complementar à epidemia.


Por isso, os administradores hospitalares sugerem o recurso ao sector privado e social, que podem ajudar o Serviço Nacional de Saúde.

11h40 - Estados-membros da UE devem “evitar confinamento generalizado”

A comissária europeia da Saúde apelou aos Estados-membros da União Europeia para “fazerem o que for necessário” de modo a evitar “um confinamento generalizado”.

“A minha mensagem, é uma mensagem de urgência. O nosso tempo está a esgotar-se. Todos devemos tomar medidas para evitar os devastadores efeitos sociais, económicos e de saúde de um confinamento generalizado”, afirmou Stella Kyriakides.

11h25 - Restrições adicionais para Londres a partir do fim de semana

Londres vai ter restrições adicionais para conter a pandemia covid-19, passando a ser proibida a sociabilização entre diferentes famílias em espaços interiores a partir de sábado, indicou o presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan.

O 'mayor' disse que ainda decorrem conversas com o Governo sobre os pormenores, mas a imprensa britânica adiantou que o ministro da Saúde, Matt Hancock, deverá fazer o anúncio oficial ainda esta manhã.

Khan, que tem vindo a pedir mais restrições para a capital britânica há várias semanas, justificou que esta decisão é baseada na recomendação de especialistas para tentar salvar vidas, tendo em conta o crescente número de casos de infeção e hospitalizações.

"Ninguém quer mais restrições, mas isto é considerado necessário para proteger os londrinos", vincou, numa declaração na assembleia municipal.

A medida deverá afetar quase nove milhões de habitantes na cidade de Londres, que vai passar para o segundo nível numa escala de três do novo sistema de restrições, o qual proíbe a socialização entre pessoas que não façam parte do mesmo agregado familiar em espaços fechados, seja em casa ou locais públicos.

11h18- "Odeio ser autoritário”. Costa insiste na necessidade de novas medidas contra a Covid-19

“Temos de controlar esta pandemia. E se não o fizermos, dentro de algumas semanas estaremos pior”, afirmou esta quinta-feira o primeiro-ministro, referindo-se às novas medidas de resposta à propagação do SARS-CoV-2, anunciadas na véspera. António Costa afirmou ainda que o país não pode chegar ao Natal “com os níveis de contaminação que tem neste momento”.

“Temos que restringir com o menor custo possível”, advogou Costa, que falava aos jornalistas em Bruxelas, à margem da apresentação do Plano de Recuperação e Resiliência.

“O Presidente da República já disse – e muito bem – que as pessoas têm de repensar como é que se vão organizar no Natal”, disse ainda o chefe do Executivo.

Nos termos das decisões adotadas na quarta-feira pelo Conselho de Ministros, as forças de segurança vão ter poder para reforçar a fiscalização e as multas podem chegar aos dez mil euros.

Estão também proibidos os ajuntamentos com mais de cinco pessoas na rua, na restauração e nos espaços comerciais.
Os convívios familiares, como casamentos e batizados, ficam limitados a 50 pessoas para quem marcar os eventos a partir de agora.

Vão ser também proibidos os festejos académicos ou praxes no Ensino Superior. E é recomendado o uso da aplicação StayAway Covid e da máscara na via pública, sendo que o Governo remeteu já ao Parlamento um projeto de lei para tornar obrigatória a utilização da app em contexto escolar e laboral.

11h15 - Bruxelas garante vacinas a todos os Estados-membros consoante população

A Comissão Europeia apresentou hoje a estratégia de vacinação para a pandemia de covid-19, garantindo que, quando esta estiver disponível, todos os Estados-membros terão acesso, num critério com base na população.

O plano de distribuição da futura vacina da covid-19 prevê que todos os Estados-membros a recebam ao mesmo tempo e com base no tamanho da população.

Na estratégia, Bruxelas prevê que cada país tenha serviços de vacinação com capacidade para a distribuição, incluindo recursos humanos, equipamento médico, de proteção, de transporte e armazenamento e facilite o acesso das vacinas à população alvo.

Os grupos prioritários para a vacinação também são definidos: trabalhadores de estabelecimentos de saúde e de cuidados prolongados, pessoas com mais de 60 anos de idade, pessoas cujo estado de saúde as torne particularmente em risco, trabalhadores essenciais, pessoas que não podem distanciar-se socialmente e grupos socioeconómicos mais desfavorecidos.

A Comissão Europeia prevê que as doses de vacinas sejam disponibilizadas em quantidades limitadas numa primeira fase, antes de a produção arrancar em pleno.

11h00 - OMS considera situação na Europa “muito preocupante”

“O número de casos e internamentos hospitalares por dia está a aumentar. A Covid-19 é agora a quinta causa de morte e o limite dos mil óbitos diários foi atingido”, alertou Hans Kluge da Organização Mundial da Saúde.

10h49 - Eslováquia reporta 1929 novos casos, o maior número desde o início da pandemia

10h38 - África com mais 254 mortes e 11.433 infetados nas últimas 24 horas

África registou nas últimas 24 horas mais 254 mortes devido à Covid-19, para um total de 39.122, havendo 1.603.982 infetados, mais 11.433, segundo os últimos dados relativos à pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de recuperados nos 55 Estados-membros da organização foi de 7.072, para um total de 1.325.204 desde o início da pandemia.

De acordo com o África CDC, a África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, com 19.514 vítimas mortais e 766.284 infetados.

Só na África do Sul, o país mais afetado do continente, estão registados 696.414 casos e 18.151 mortes.

O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 407.036 pessoas infetadas e 12.261 mortos e a África Oriental contabiliza agora 188.501 casos de infeção e regista 3.563 vítimas mortais.

Na região da África Ocidental, o número de infeções é de 183.050, com 2.681 vítimas mortais e na África Central há 59.111 casos e 1.103 óbitos.

10h20 - Açores prolongam situação de calamidade em cinco ilhas até 23 de outubro

O Governo dos Açores decidiu prorrogar até às 24h00 de 23 de outubro a situação de calamidade pública nas cinco ilhas com ligação aérea ao exterior do arquipélago, mantendo as restantes quatro em situação de alerta, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o executivo justifica a medida com "a situação epidemiológica que se verifica a nível nacional e internacional" e refere que as decisões, tomadas numa reunião do Conselho de Governo realizada na quarta-feira por videoconferência, "devem ser reavaliadas num espaço temporal mais reduzido, tendo em atenção a evolução da pandemia de Covid-19".

As atuais situações de calamidade nas ilhas de São Miguel, Terceira, Santa Maria, Pico e Faial, e de alerta em São Jorge, Graciosa, Flores e Corvo estão em vigor até às 24h00 de hoje e resultaram já de uma prorrogação destes níveis anunciada no início do mês, com efeito por um período de duas semanas.

No novo prolongamento anunciado agora, estes níveis de resposta da Proteção Civil vigoram por um período mais curto, de uma semana, podendo as medidas ser "revertidas ou anuladas a qualquer momento".

O executivo determinou também que, "após a reabertura do espaço marítimo nacional a navios de cruzeiro e iates provenientes de portos internacionais, deve ser promovida a normalização da atracagem desses navios nos portos e marinas do arquipélago, desde que os respetivos passageiros façam teste à chegada, salvo se a Autoridade de Saúde Regional assim o dispensar, atendendo ao tempo de viagem sem escalas e à ausência de sintomatologia".

10h12 - Ryanair reduz capacidade de voos em Portugal no inverno

A companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou hoje uma redução para 40% na capacidade de voos este inverno em vários países, entre os quais Portugal, devido ao impacto da pandemia de Covid-19 e queda no tráfego aéreo.

A companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou hoje uma redução de 40% na capacidade de voos este inverno em vários países, entre os quais Portugal, devido ao impacto da pandemia de Covid-19 e queda no tráfego aéreo.

Em comunicado, Ryanair diz que as bases em Cork e Shannon, na Irlanda, e em Toulouse, França, vão fechar para a temporada, de novembro a março, e adianta que vai reduzir significativamente o número de aeronaves em bases na Bélgica, Alemanha, Espanha, Portugal e Viena (Áustria).

A companhia detalha que vai reduzir as suas capacidades de voo este inverno para 40% contra os 60% que tinha previsto anteriormente.

No entanto, operadora pretende manter 65% de sua rede, mas com frequência reduzida.

O diretor-geral da Ryanair, Michael O'Leary, culpa a "má gestão dos voos aéreos da União Europeia" para justificar esta redução nos seus planos de voo.

9h58 - Hungria atinge recorde com 29 novas mortes em 24 horas

A Hungria registou nas últimas 24 horas 29 novas mortes por Covid-19, o número mais elevado desde o início da pandemia, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país.

No total, o número de mortes devido ao novo coronavírus subiu para 1.052 na Hungria, que nas últimas semanas regista cerca de mil novos casos diários, quando na primavera só atingiu os 200.

A Hungria confirmou até agora um total de 41.732 casos de covid-19 e neste momento há 28.052 casos ativos, dos quais 1.555 estão hospitalizados e 167 ligados a ventiladores.

9h45 - Ministro do Interior angolano anuncia ter recuperado da doença

O ministro do Interior angolano, Eugénio Laborinho, anunciou hoje ter sido diagnosticado com Covid-19 em setembro e ter já recuperado da doença, através de um comunicado divulgado pelo seu gabinete.

"Após internamento hospitalar e tratamento médico, efetuei exame de controlo, cujo resultado foi negativo, encontrando-me neste momento em repouso domiciliar, após alta médica", declarou o ministro do Interior.

9h39 - Estado de emergência em França. Profissionais de saúde em greve

O impacto da greve dos profissionais de saúde em França era, ao início da manhã, reduzido, uma vez que muitos médicos foram requisitados nos últimos dias para a resposta à Covid-19. Isto quando o país fica sob o estado de emergência, decretado na quarta-feira.
A correspondente da RTP em Paris, Rosário Salgueiro, fez no Bom Dia Portugal a síntese da situação no país.

9h23 - Parlamento Europeu em plenário por videoconferência

A próxima sessão plenária do Parlamento Europeu, de segunda a quinta-feira, retomará o formato de videoconferência por causa da pandemia da Covid-19.

"Lamento anunciar que a sessão plenária da próxima semana não terá lugar em Estrasburgo [França], mas sim que decorrerá remotamente", confirmou o presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, no Twitter.


Sassolli referiu que a situação sanitária "é muito grave em França e na Bélgica".

Desde o início do surto de Covid-19, todas as sessões do Parlamento Europeu têm vindo a ser realizadas em Bruxelas, essencialmente com participações por videoconferência.

9h18 - Deco adverte para taxa de esforço das famílias "muito preocupante"

A taxa de esforço média das famílias sobreendividadas apoiadas pela Associação para a Defesa do Consumidor, desde início da pandemia, fixava-se, no final do mês passado, em 80 por cento.

"Esta taxa de esforço é contabilizada sem os créditos que estão a ser objeto de moratória, pública ou privada, portanto imagine-se quando tiverem de os pagar", afirma a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco, Natália Nunes, ouvida pela agência Lusa.

Quando começam a terminar algumas das moratórias atribuídas no quadro da pandemia, desde logo da Associação de Instituições de Crédito Especializado, Natália Nunes avisa que, "este mês, já há famílias que vão ter mais dificuldades em pagar as prestações".

"As moratórias têm sido uns balões do oxigénio para as famílias, porque lhes permitem adiar o pagamento de prestações de crédito, mas há algumas que terminaram em 30 setembro e já temos vários pedidos, este mês, de pessoas que terminaram as moratórias privadas e estão com muitas dificuldades em retomar o seu pagamento", afirma a responsável.

9h00 - China despede dois quadros após novo surto em Qingdao

O presidente de um hospital e o diretor da Comissão de Saúde da cidade de Qingdao, no nordeste da China, foram demitidos, após um novo surto de Covid-19 no país, informaram as autoridades locais.

O governo local anunciou que o diretor da Comissão de Saúde, Sui Zhenhua, e Deng Kai, presidente do hospital para doenças pulmonares de Qingdao, onde começou o novo surto, foram colocados sob investigação. Não foram dadas mais informações.

As autoridades ordenaram o teste dos nove milhões de habitantes na cidade, depois de terem detetado um total de 12 casos, incluindo assintomáticos, desde o fim de semana passado.

8h51 - Rússia. Número de casos mortais sem precedentes

As autoridades sanitárias da Rússia reportaram esta quinta-feira 13.754 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 e 286 mortes, número diário sem precedentes desde o início da pandemia.

8h30 - Alemanha regista novo máximo diário de infeções

A Alemanha registou 6638 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, um recorde desde o início da pandemia, segundo dados oficiais.

A informação surgiu poucas horas depois do anúncio de novas restrições nos 16 Estados regionais, com o objetivo de prevenir o ressurgimento da pandemia.

O número mais alto de contaminação diária datava de 28 de março, com 6294 casos.

O balanço das autoridades adicionou ainda 33 mortos no mesmo período de tempo e elevou o total de óbitos desde o início da pandemia para 9710 e de casos para 341.223, dos quais 284.600 foram dados como recuperados.

Especialmente preocupante é a situação nas grandes cidades, muitas das quais, como Berlim, superaram já a marca de 50 contágios por 100 mil habitantes numa semana.

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou na noite de quarta-feira a introdução de novas medidas mais restritivas, após uma reunião com responsáveis dos 16 estados regionais.

8h00 - G20 prorroga moratória sobre dívida de países mais pobres

O G20, que reúne os dirigentes das 20 principais economias, prolongou por seis meses, até 30 de junho de 2021, a moratória sobre a dívida dos países mais pobres, em contexto de pandemia.

Os dirigentes do G-20 haviam decidido, em abril, suspender o serviço da dívida dos países mais vulneráveis à crise sanitária até final deste ano.

O prolongamento da moratória foi anunciado pelos ministros das Finanças e chefes dos bancos centrais do G20, após uma reunião virtual organizada pelo atual presidente do grupo, a Arábia Saudita.

Todavia, a declaração comum admite o prolongamento da moratória até ao final de 2021, decisão a tomar na reunião da primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, assim como uma reestruturação desta dívida.

7h48 - Ponto de situação

Portugal continental está desde a meia-noite em estado de calamidade. A decisão foi tomada na quarta-feira pelo Governo na reunião do Conselho de Ministros.

O número de casos e de internamentos tem vindo a aumentar e a situação será reavalidada dentro de 15 dias.

O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu ontem que a evolução da pandemia mostra uma "situação grave".A Comissão Nacional de Proteção de Dados tem reservas em relação ao uso obrigatório da aplicação StayAway Covid. A entidade lembra que a própria Organização Mundial da Saúde levanta questões éticas sobre o uso obrigatório de apps.


De ora em diante, as forças de segurança vão ter poder para reforçar a fiscalização e as multas podem chegar aos dez mil euros.

Nesta nova fase, estão proibidos os ajuntamentos com mais de cinco pessoas na rua, na restauração e nos espaços comerciais.

Os convívios familiares, como casamentos e batizados, ficam limitados a 50 pessoas para quem marcar os eventos a partir desta quinta-feira.

Vão ser também proibidos os festejos académicos ou praxes no Ensino Superior.
É recomendado o uso da aplicação StayAway Covid e da máscara na via pública. Apesar das reservas suscitadas pela Comissão de Proteção de Dados, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, garante que as questões de privacidade estão salvaguardadas nesta app.

O quadro em Portugal
Portugal ultrapassou, entre quarta e quinta-feira, os dois mil casos diários de infeção pelo novo coronavírus. Houve registo de mais 2072 pessoas infetadas e sete casos mortais de Covid-19.
É o número mais alto de infetados desde o início da pandemia.

Estão internadas 957 pessoas. São mais 41 relativamente a quarta-feira. Destas, 135 estão em u idades de cuidados intensivos - são mais três.
O quadro internacional
A pandemia da Covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, de acordo com o balanço em permanente atualização por parte da agência France Presse.

Em França foi entretanto declarado estado de emergência.

Está em vigor o recolher obrigatório em toda a região de Paris e noutras oito cidades. Das 21h00 às 6h00, quem vive nas áreas em causa está proibido de frequentar restaurantes, cafés, ou de visitar amigos.
As restrições não se aplicam, no entanto, ao uso de transportes públicos para quem regressa ou vai para o trabalho, por exemplo.

França é um dos países europeus mais afetados pela pandemia, com mais de 32 mil mortos. Nas últimas duas semanas, duplicaram os internamentos de doentes graves com Covid-19.

Esta quinta-feira é dia de greve na saúde. Os manifestantes reivindicam mais camas nos hospitais franceses. Os profissionais exigem ainda uma revalorização dos salários e mais contratações.