Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Eduardo Costa/ Lusa

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

Mais atualizações



23h39 - Guiné-Bissau volta a registar um morto e 21 novos casos

A Guiné-Bissau registou mais um morto e 21 novos casos de pessoas infetadas pelo coronavirus responsável pela pandemia, anunciou hoje o Alto comissariado contra a covid-19.

De acordo com o boletim epidemiológico diário, uma pessoa morreu, fazendo subir para 121 o número de mortes pela covid-19 desde que a pandemia foi declarada no país em março de 2020.

Depois de os últimos três dias sem assinalar mortes pela covid-19, o país voltou a registar hoje falecimento de uma pessoa devido à doença, indicou o Alto Comissariado.

A Guiné-Bissau tem atualmente 818 casos ativos, 48 pessoas internadas (um aumento de 12 pessoas), e 24 pessoas dadas como recuperadas da doença que já afetou 5.829 pessoas desde o início da pandemia.

22h41 - Regulador brasileiro suspende distribuição de 12 milhões de Coronavac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil suspendeu hoje a distribuição de 25 lotes com 12,1 milhões de doses da vacina anti-Covid-19 Coronavac, por ter sido embalada numa fábrica chinesa não aprovada pelo organismo regulador brasileiro.

Em comunicado, a Anvisa anunciou a "interdição cautelar" dos lotes e a "proibição de distribuição", depois do Instituto Butantan, entidade do estado de São Paulo responsável pela importação local da vacina, ter notificado a procedência das vacinas.

"A unidade fabril responsável pela embalagem não foi inspecionada e aprovada pela Anvisa quando entregou a autorização para o uso de caráter de emergência da referida vacina" do laboratório chinês Sinova, indicou o órgão regulador.

Outros 17 lotes embalados na mesma unidade, com nove milhões de doses, estão "em tramitação de envio para o Brasil", indicou a Anvisa.

22h00 - Angola soma mais 214 casos e 10 óbitos

As autoridades de saúde angolanas notificaram, nas últimas 24 horas, 214 novos casos, dez óbitos e 22 doentes recuperados, segundo o último boletim epidemiológico da Direção Nacional de Saúde Pública.

Os casos foram reportados em Luanda (121), Huíla (29), Cuando Cubango (21), Huambo (15), Namibe (9), Bié (7), Lunda Sul (3), Zaire (3), Moxico (2), Bengo (1), Benguela (1), Cabinda (1) e Cuanza Sul (1) com idades entre 11 dias e 103 anos, sendo 109 do sexo masculino e 105 feminino.

No mesmo período foram registados 10 óbitos, 7 do sexo masculino e 3 feminino com 21 e 103 anos, no entanto, 22 pessoas entre 2 e 101 anos foram recuperadas.

Os laboratórios processaram 2008 amostras por RT-PCR e o cumulativo aponta para 923.261 amostras.

Angola totaliza agora 48.475 casos, dos quais 43.817 recuperados, 3.400 ativos e 1.258 óbitos, encontrando-se internados 199 doentes e 172 pessoas em acompanhamento institucional.

21h58 - Madeira com 16 novos casos e 178 situações ativas

As autoridades da Madeira sinalizaram 16 novos casos de covid-19 e mais 32 recuperados nas últimas 24 horas na região, estando diagnosticadas 178 contágios ativos e cinco pessoas hospitalizados, revelou hoje a Direção Regional da Saúde.

No boletim sobre a situação epidemiológica neste arquipélago distribuído pela DRS pode ler-se que hoje "há a reportar 16 novos casos de infeção por SARS-CoV-2 na Madeira, pelo que a região passa a contabilizar 11.359 casos confirmados de covid-19".

No documento é referido que estes novos casos são todos de transmissão local.

Também é referido que a região regista hoje 178 casos ativos, sendo 141 de transmissão local e 37 importados.

O boletim indica que as pessoas infetadas estão a cumprir isolamento, encontrando-se cinco internadas no Hospital Dr.Nélio Mendonça, das quais quatro nas unidades polivalentes e uma nos cuidados intensivos.

21h04 - Portugal está a chegar ao limite da população que pode ou quer ser vacinada

O coordenador da vacinação reafirma que a missão da Task Force pode acabar no final do mês. Portugal está a chegar ao limite dos 85% população vacinada. A partir daqui, a vacinação pode ser assegurada pelos centros de saúde. Mas Gouveia e Melo garante que só vai despir o camuflado quando sentir que esta guerra está ganha.


21h03 - Milhares de jovens de 16 e 17 anos recebem este fim-de-semana a segunda dose

Este fim de semana milhares de jovens com 16 e 17 anos recebem a segunda dose da vacina Covid. Até amanhã são esperadas novas enchentes em todos os centros de vacinação do país no fechar de um ciclo iniciado no mês passado.


19h40 - Venezuela reclama que não recebeu nenhuma vacina através do Covax

A Venezuela denunciou hoje que ainda recebeu nenhuma dose do Fundo de Acesso Global para Vacinas Covid-19 (Coav), para imunizar a população contra o coronavírus, apesar de ter pagado 120 milhões de dólares (quase 101 milhões de euros).

"Apesar de a Venezuela ter pagado até o último cêntimo, não recebeu uma única dose do mecanismo Covax. São sanções de segundo nível. Conseguimos pagar 120 milhões de dólares e não recebemos nenhuma dose, apenas desculpas", disse.

Delcy Rodríguez falava durante uma conferência sobre "Capacitação Docente -- América Latina na Encruzilhada", transmitido pela televisão estatal venezuelana.

"A pior intensificação do bloqueio contra a Venezuela ocorre precisamente durante a pandemia", frisou a vice-presidente venezuelana, que acusou o Governo dos EUA de ter decidido intensificar as sanções internacionais contra Caracas.

18h52 - Moçambique com cinco mortes, 354 novas infeções e 991 recuperados

Moçambique registou este sábado cinco mortes por covid-19, 354 novas infeções e 991 casos recuperados, anunciou o Ministério da Saúde.

A idade das vítimas mortais hoje anunciadas variava entre os 42 e os 83 anos, sendo quatro de nacionalidade moçambicana e uma estrangeira, de origem não referida.

As províncias de Nampula e Zambézia foram as que concentraram maior número de casos positivos, numa altura em que o país tem 9.275 casos ativos, numa tendência de alívio desde o pico da terceira vaga, em julho.

Moçambique tem um total acumulado de 1.877 mortes por covid-19 e 147.785 casos, dos quais 92,5% recuperados, e 110 internados.

17h02 - São Tomé e Príncipe com 26 casos e sete recuperações em 24 horas

São Tomé e Príncipe registou 26 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e sete recuperações nas últimas 24 horas, elevando o total de infetados desde o início da pandemia para 2.683, anunciaram hoje as autoridades do país.

De acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, o país não registou qualquer morte nas últimas 24 horas, mantendo-se este número nos 37.

O documento esclarece que as novas infeções foram registadas na ilha de São Tomé.

Com os dados mais recentes, o arquipélago conta agora com 2.683 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, entre os quais 37 óbitos e 2.456 recuperações da doença.

16h11 - Treze mortes e 1.713 novos casos

O relatório da situação epidemológica em Portugal revela que nas últimas 24 horas morreram 13 pessoas, a maior parte na zona de Lisboa e Vale do Tejo e também no Algarve. Foram ainda registados 1.713 novos casos.

No total, há registo de 17.785 mortes e 1.045857 casos confirmados.

Nas últimas 24 horas houve menos internamentos: menos 17 pessoas em enfermaria, mas mais três em cuidados intensivos. Ao todo, estão internadas 664 pessoas em enfermaria e 139 em unidade de cuidados intensivos.

Os novos casos registam-se principalmente nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo (630), Norte (553) e Centro (250).

Dez das vítimas mortais tinham mais de 80 anos, uma tinha entre 70 e 79 anos e duas tinham entre 60 e 69 anos, de acordo com os dados Direção-Geral da Saúde.


14h15 - Há 1.541 exames de código e de condução pendentes na região do Porto

O Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT) registou 1.541 exames de condução e de código pendentes na região do Porto até 1 de setembro, um atraso que para o setor é responsabilidade do Governo.

A chegada da pandemia associada aos quatro meses, dois em 2020 e mais dois em 2021, em que as escolas de condução estiveram fechadas, mais as apertadas regras que reduziram o tempo de aulas e o número de alunos nas escolas e nos veículos, provocou problemas de operacionalidade, testemunharam as várias fontes contactadas pela agência Lusa.

Parte dessa realidade está espelhada na página do IMT, no tema Provas Pendentes relativo a exames solicitados por escolas de condução, autopropostos e trocas de títulos estrangeiros.

Dos então 1.541 casos contabilizados, 830 são de exames de código e 711 de exame de condução. Destes, 168 encontram-se no intervalo entre 100 e 399 dias, 92 entre os 50 e 99 dias e 1.281 entre os zero e os 49 dias. Nesta contabilidade verifica-se ainda que em igual período foram efetuadas 3.045.

Na resposta à agência Lusa, o IMT acrescentou outros números: na região Norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) a 01 de agosto de 2021 encontravam-se a aguardar marcação 2.112 provas teóricas e 2.919 provas práticas.

13h30 - Autarca de Marvão refere que situação está controlada

O relatório das "linhas vermelhas" da pandemia da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indica que a incidência a 14 dias está a descer e os novos casos são sobretudo acima dos 65 anos.
11h43 - Moderna pede autorização para administrar terceira dose na Europa

O laboratório farmacêutico Moderna já entregou às autoridades europeias os primeiros resultados dos ensaios clínicos para obter autorização de administração de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19.

“Estamos satisfeitos por termos solicitado uma autorização de comercialização condicionada à Agência Europeia de Medicamentos para o nosso reforço [de vacina] com um nível de dose de 50 microgramas”, revelou a farmacêutica norte-americana em comunicado, divulgado na sexta-feira.

Há dois dias, a Moderna tinha também feito o mesmo pedido às autoridades dos Estados Unidos.

Segundo o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, os estudos e análises adicionais “demonstram que uma dose de reforço de 50 microgramas” [metade da dosagem das primeiras duas injeções] da sua vacina “provoca respostas de anticorpos potentes contra a variante Delta”.

"Continuamos comprometidos em estar à frente do vírus e em acompanhar a evolução epidemiológica do SARS-CoV-2", acrescentou.

A empresa explicou ainda que a segunda fase do ensaio clínico foi alterada para incluir uma terceira dose, administrada “aproximadamente” seis meses após a segunda toma.

Também a Pfizer divulgou há algumas semanas que a dose de reforço gerou "significativamente mais anticorpos neutralizantes contra o vírus Covid-19 original” e além disso “para as variantes beta e delta”.

11h06 - Mega processo de vacinação deverá terminar no final deste mês

O anúncio foi feito pelo vice-almirante Gouveia e Melo, que realça que Portugal está a chegar ao limite da população que pode ou quer ser vacinada contra a Covid-19.

9h40 - Nova Zelândia regista primeira morte em seis meses

A Nova Zelândia registou hoje a sua primeira morte por covid-19 em mais de seis meses, uma mulher nonagenária, segundo indicou o Ministério da Saúde do país. Foi a vigésima sétima vítima no país desde o início da pandemia, a primeira desde 16 de fevereiro.

9h14 - África com mais 601 mortes e 25.477 infetados

O continente africano registou um total de 198.587 óbitos desde o início da pandemia. Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos no continente é de 7.869.709 até ao momento.

8h03 - China regista 28 novos casos

A China anunciou que foram diagnosticados 28 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, um deles por transmissão local na província de Yunnan.

A China enfrentou, nas últimas semanas, vários surtos, mas aparentemente estão agora sob controlo, após as autoridades imporem medidas de confinamento nas regiões afetadas.

O número total de infetados ativos no país é de 908, entre os quais cinco em estado grave.

Desde o início da pandemia, há a registar 94.982 infetados e 4.636 mortos na China.
Portugal perto do limite da população-alvo da vacinação
Em entrevista à agência Lusa, o coordenador da task-force de vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo, afirmou que Portugal está a chegar ao limite da população que pode ou que quer ser vacinada contra a Covid-19.

"Estamos a chegar ao limite do público-alvo para ser vacinado", indica, apontando que a meta de 85% da população portuguesa com vacinação contra a covid-19 completa deverá ser atingida até ao fim do mês.

Este fim de semana, dever-se-á atingir o patamar de 85% da população elegível para ser vacinada com pelo menos uma dose administrada.

Em relação ao futuro, Gouveia e Melo defende que "não é necessária uma task-force" para além da missão que está prestes a finalizar, quer para fazer reforços de vacinação quer para a eventualidade de a vacinação contra a covid-19 se tornar uma rotina regular.

"O que está recomendado é uma vacinação reforçada para pessoas que estão imunossuprimidas. Estamos a falar num universo de, no máximo, 100 mil pessoas, se calhar até inferior", salienta.

O militar garante que "neste momento há reserva de vacinas para essa terceira dose".

Gouveia e Melo acredita que uma campanha anual de reforços de vacinação poderá ser assegurada pelos cuidados de saúde primários: "Já o faziam para a vacinação da gripe e poderão fazê-lo".
Os momentos mais difíceis e o apoio decisivo das autarquias

Ao cabo do que considera "uma batalha com prazo, o mais curto possível para cumprir um plano de vacinação" com duas doses para a maior parte da população, o oficial general da Armada, responsável pela task-force de vacinação, reconhece alguns momentos de impasse ao longo de nove meses.

Um desses pontos aconteceu com a incerteza sobre efeitos secundários da vacina Oxford/Astrazeneca, cuja administração chegou a ser suspensa e cujo uso acabou por ficar limitado a pessoas com mais de 60 anos.

"Não consigo dizer se houve uma guerra comercial [entre fabricantes de vacinas]. Às vezes, parecia. Tivemos que viver com limitações que apareceram em certas alturas do processo de vacinação e tivemos que o adaptar a essas limitações, com sucesso", argumenta.

"Houve momentos em que nos faltaram vacinas e o nosso ritmo não era aquele para o qual tínhamos capacidade. Depois, quando apareceram as vacinas, o ritmo aumentou. Quando já estávamos a chegar ao fim do processo de vacinação, tendo vacinas e capacidade, faltavam as pessoas. Mas nós cumprimos. Daqui para a frente estaremos a vacinar três a quatro mil pessoas por dia em todo o país", salienta.

Além de todo o pessoal de enfermagem, médicos, administrativos e todos os militares, Gouveia e Melo destaca a importância das autarquias, que "tiveram um papel extraordinário neste processo: disponibilizaram espaços, recursos humanos e recursos materiais".

"Sem [as autarquias] teria sido muito difícil. Nós estamos a operar entre as 4.500, 5.000 pessoas todos os dias nos centros de vacinação, muitas contratadas pelas autarquias, muitas voluntárias", destaca, apontando ainda que o poder local permitiu montar os mais de 300 centros de vacinação "mais abertos, espaçosos, arejados e mais adequados a este tipo de vacinação" fora dos centros de saúde.

Para Gouveia e Melo, o ritmo da vacinação acabou por ditar o ritmo da progressão da pandemia em Portugal, sobretudo a partir do momento em que a variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2 atingiu o país.

"Nós tivemos a variante Delta muito cedo. Quando atingimos cerca de 55% das segundas doses, já com a variante Delta, notou-se uma quebra da incidência, que deixou de aumentar e começou a cair. O processo de vacinação foi combatendo sistematicamente a incidência e ajudando a combatê-la. Neste momento, estamos a ganhar. Apesar do desconfinamento, apesar de haver muita mobilidade, férias, estrangeiros em Portugal, a incidência está a baixar", destaca o vice-almirante.

Com o novo ano letivo prestes a começar, Gouveia e Melo admite que "este vírus gosta de ajuntamentos e que "é natural" que se assista a um aumento de casos, mas afirma-se otimista: "Estou convencido que com a taxa de vacinação que nós temos na população, a incidência não aumentará muito, poderá aumentar temporariamente, mas vai cair naturalmente".