Covid-19. Bélgica antecipa férias de Natal das escolas primárias uma semana

por Lusa

Os infantários e as escolas primárias da Bélgica encerrarão para férias de Natal uma semana antes do inicialmente previsto, para tentar limitar as infeções com covid-19, anunciou hoje o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo.

"Devemos tomar medidas para reduzir o mais rapidamente possível a pressão sobre os hospitais" que "não é sustentável", declarou o chefe do governo belga, ao divulgar um endurecimento das restrições no país a partir de sábado, perante "uma vaga outonal muito mais pesada que o previsto".

As férias de Natal das creches e do ensino primário começarão a 18 de dezembro, uma semana antes do previsto, depois de as autoridades da saúde terem relatado um forte aumento dos contágios entre crianças.

Nas escolas, o uso de máscara será agora obrigatório a partir dos seis anos. No ensino secundário, as aulas serão organizadas de forma híbrida, com o máximo de 50% de ensino presencial até às férias de Natal.

A partir de segunda-feira, os eventos em espaços interiores terão um limite máximo de 200 pessoas e o público deverá estar sentado e usar máscara. A regra aplicar-se-á nomeadamente a cinemas e salas de congressos.

As atividades desportivas em recintos fechados continuarão a ser permitidas, mas sem público.

Os eventos no exterior, como os jogos de futebol, poderão realizar-se sem limitação do número de pessoas.

A Bélgica tinha já reforçado as suas medidas de combate à pandemia de covid-19 a 26 de novembro, obrigando ao encerramento das discotecas e incitando a população a limitar ao máximo os seus contactos e atividades em espaços interiores.

As medidas relativas a cafés e restaurantes permanecem inalteradas. Estes estabelecimentos devem encerrar às 23:00 e os clientes devem estar obrigatoriamente sentados, no máximo de seis por mesa.

A obrigatoriedade do teletrabalho quatro dias por semana também continua em vigor.

A Bélgica, que tem 11 milhões de habitantes, registou em média mais de 17.800 novos casos diários de covid-19 nos últimos sete dias, bem como 44 mortes.

Cerca de 800 pessoas afetadas por formas graves da doença estão hospitalizadas em unidades de cuidados intensivos de todo o país, causando uma saturação do sistema de saúde e o adiamento de muitos tratamentos de outras doenças.

A covid-19 causou pelo menos 5.233.111 mortes em todo o mundo, de entre mais de 263,61 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), com base em dados oficiais.

Em Portugal, morreram, desde março de 2020, 18.492 pessoas e foram contabilizados 1.157.352 casos de infeção, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 19 casos em Portugal.

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