Covid-19 em Itália. "A situação é crítica"

por Alexandre Brito - RTP
Primeiro-ministro italiano a braços com um novo aumento grave de casos de Covid-19 no país Reuters

Perante o constante aumento de casos de Covid-19 das últimas semanas, o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte anunciou novas restrições para combater o vírus. "A situação é crítica", disse.

O primeiro-ministro italiano deu poderes aos presidentes das Câmaras para fecharem praças públicas a partir das 21h00. Uma medida anunciada para impedir ajuntamentos nas ruas.

Giuseppe Conte afirmou este domingo que "a situação é crítica", isto depois de ter sido anunciado que o país registou um novo máximo de casos em 24 horas - 11.705 -  e 69 mortos. 

Conte reafirmou que o Governo está determinado em evitar a repetição do bloqueio verificado em março deste ano. "A situação é crítica. O governo está lá, mas todos devem fazer sua parte", disse.

Outras medidas foram anunciadas na mesma altura. As casas de apostas vão fechar a partir das 21h00, as competições desportivas amadoras e as feiras locais foram anuladas e o Executivo pondera ainda encerrar ginásios e piscinas.

O Governo italiano pretende também aumentar o trabalho de casa na administração pública e vai pedir às escolas secundárias para criarem horários diferenciados de forma a que menos alunos se cruzem e a diminuir congestionamentos nos transportes públicos.

Os restaurantes vão poder estar abertos até à meia-noite, mas a partir das 18h00 apenas clientes sentados podem ser atendidos.

Em algumas zonas do país já foram aplicadas medidas mais drásticas, como na Campânia, onde há duas semanas as escolas estão fechadas.

Itália foi o primeiro país europeu a ser fortemente afetado pela Covid-19. Com 36.543 vítimas mortais, é o segundo país da Europa com mais mortos devido a este vírus, só superado nesta altura pela Grã-Bretanha.

No início da pandemia, em Março, só foi possível controlar o contágio com a aplicação de um rígido bloqueio nacional de dois meses.

A braços com uma segunda vaga, o Governo tenta controlar o aumento de casos sem que para isso tenha que fechar, de novo, o país.

c/ agências
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