Dez dias depois do início do ano letivo em França, três mil turmas viram já as suas aulas a serem suspensas devido a surtos da Covid-19. Este número é seis vezes superior ao anunciado na semana passada e o ministro francês da Educação alerta para um crescimento nos próximos dias.
O número representa apenas 0,5 por cento do total das 540 mil turmas que existem no país, mas tem vindo a crescer exponencialmente. Apenas em uma semana, o número de turmas com aulas suspensas devido à Covid-19 multiplicou-se por seis, uma vez que na passada terça-feira os dados oficiais apontavam para 545 turmas colocadas em casa.
O ministro da Educação alerta para um aumento do número de aulas suspensas nos próximos dias, mas espera depois uma estabilização. "Esperamos que aumente nos próximos dias e depois se estabilize, antes de cair, se seguir a curva que temos observado cada vez que voltamos do período de férias", disse Jean-Michel Blanquer.
O ministro anunciou ainda que 67 por cento dos jovens com idades entre os 12 e 17 anos receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 54 por cento estão já totalmente vacinados.
“Até ao final do mês, todos os alunos receberão uma proposta [de vacinação] e esperamos ultrapassar os três quartos de vacinados muito rapidamente”, acrescentou Jean-Michel Blanquer.
Os 12 milhões de estudantes franceses regressaram às aulas presenciais a 3 de setembro. A máscara é obrigatória para os alunos de todos os níveis de ensino, exceto no jardim de infância.
O Governo decretou que a regra é suspender as aulas no caso de um caso positivo no primeiro ciclo, onde a taxa de vacinação é ainda baixa. Nos restantes níveis de ensino, apenas os contactos de risco não vacinados deverão fazer quarentena durante uma semana.