Cuba critica "asfixia económica" imposta por EUA perante parceiros da CELAC

por Lusa

O Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, criticou hoje, na sua intervenção na VII Cimeira da CELAC, a "asfixia económica" imposta pelo Governo dos Estados Unidos, país que considera pretender "destruir" o modelo de desenvolvimento da ilha.

"O Governo dos Estados Unidos insiste em destruir o modelo de desenvolvimento que soberanamente nós, cubanos, decidimos construir, através de uma política cruel, ilegítima, ilegal e imoral de asfixia económica", afirmou o Presidente cubano na reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que decorre no hotel Sheraton de Buenos Aires.

No seu discurso, Díaz-Canel condenou a decisão de Washington de incluir Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo, uma iniciativa "infundada" e "unilateral" que tem um "severo" impacto no desenvolvimento económico da ilha caribenha.

"Agradeço uma vez mais a esta Comunidade e aos seus Estados-membros a sua contundente exigência para que Cuba seja retirada dessa lista e o embargo seja levantado", declarou o Presidente cubano, insistindo que Cuba "não se deixará intimidar por tais ataques".

"Não vamos trair a história de resistência, dignidade e defesa da justiça social que transformou a revolução cubana em força emancipadora dos seres humanos", sublinhou.

A VII Cimeira da CELAC decorre hoje na capital argentina com a participação de representantes dos 33 Estados-membros, incluindo o Brasil, que voltou a integrar o organismo após ter saído em 2020, durante o mandato presidencial de Jair Bolsonaro.

No final da jornada será divulgada a declaração da cimeira, que se prevê aborde temas como as alterações climáticas, questões de género, infraestruturas, línguas indígenas, integração energética, segurança alimentar, entre muitos outros, e seguir-se-á uma conferência de imprensa.

Tópicos
pub