O hacker detido pela polícia por ter divulgado os dados pessoais de um milhar de políticos e outras personalidades alemãs tem manifestado na internet uma virulenta islamofobia e outras convicções de extrema-direita.
O estudante, identificado como Johannes S., vive com os pais no Land de Hesse e já terá confessado a infracção.
Segundo a polícia, o jovem mostra-se frustrado com o comportamento dos políticos. Mas numa primeira busca à sua residência não foram encontrados materiais de propaganda ou outros da extrema-direita.
Contudo, a investigação descobriu também que ele faz parte de uma comunidade autodesignada como "hack-tivists", claramente conotada com a extrema-direita.
A revista semanal Der Spiegel, desde ontem nas bancas,
refere que o estudante de 20 anos de idade classifica o Islão como
"lixo", e acrescenta: "Não vivemos no século VI". Manifesta, além disso,
a sua simpatia por Adolf Hitler e pelo partido nazi.
O
autor confesso da massiva devassa aos dados pessoais considera além
disso a "Alternativa para a Alemanha" (AfD) como demasiado frouxa para
livrar a Alemanha dos imigrantes, e a direita mais extrema,
materializada no Partido Nacional Democrático (NPD), como via eficaz
para proceder a essa purga.