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Deputados da Alemanha elegem Angela Merkel para quarto mandato como chanceler

por RTP
Fabrizio Bensch - Reuters

Os deputados elegeram esta quarta-feira Angela Merkel para um quarto mandato como chanceler da Alemanha. A proposta mereceu 364 votos favoráveis e 315 votos contra. Nove deputados abstiveram-se.

Com este voto está oficializada a recondução de Angela Merkel na chefia do Executivo germânico.

A cerimónia marca o fim de uma árdua negociação para ser alcançada uma maioria no Parlamento, com uma nova aliança entre o partido dos democratas-cristãos e os sociais-democratas.

A Alemanha reedita assim a grande coligação que junta a CDU ao SPD e aos conservadores da Baviera. Foram necessários quase seis meses para se encontrar uma solução governativa para a Alemanha.


O acordo final tinha sido formalizado na segunda-feira, depois de aprovado pelos diferentes partidos.

"Temos muito trabalho pela frente", disse Merkel na segunda-feira quando apresentou o novo acordo de coligação.

Merkel pediu ainda rápidas soluções para superar diferenças entre membros da União Europeia, no que diz respeito a um orçamento de investimento comum. E acrescentou que iria viajar para Paris em breve para negociar com o presidente Emmanuel Macron sobre as suas propostas de reforma para a zona do euro.
"A crise do euro chegou ao fim"
"Podermos agora dizer que a crise do euro chegou ao fim, a crise aguda e iminente. Com todos os países da Zona Euro a mostrar um novo crescimento, a revelar números crescentes de emprego. Temos agora de garantir uma estabilização sustentada da Zona Euro. Temos de lidar desde logo com esta questão", explicou Merkel.

Merkel foi eleita chanceler pela primeira vez em 2005 e sempre que esteve à frente do Governo foi com coligações.

A coligação de Merkel, integrada pela União Democrática Cristã (CDU), a União Social-Cristã (CSU), da Baviera, e o Partido Social-Democrata (SPD), reúne 399 lugares no Bundestag, que tem 709 deputados nesta legislatura.

Citado pela imprensa estrangeira, o Presidente da Alemanha espera um Governo mais "próximo do cidadão" e que "não se devem ignorar as questões que estão na ordem do dia".

Frank-Walter Steinmeier frisou que o novo Governo deve "examinar bem" se as matérias incluídas no seu programa são os que "realmente interessam" ao cidadão.

Excetuando o cargo da ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, todos os outros cargos serão assumidos por novos ministros. "Isso vai mudar as discussões", referiu Merkel, sugerindo que o Governo pode até parecer o mesmo mas na verdade é diferente do anterior.

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