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Desidratada. Criança de sete anos morre após atravessar fronteira dos EUA

por RTP
Jose Luis Gonzalez - Reuters

Uma criança de sete anos morreu horas depois de ser levada com o pai sob custódia pela Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos. O porta-voz do serviço de fronteiras disse que foram tomadas “as medidas possíveis para salvar a vida da criança”. A menor morreu devido a desidratação.

A notícia avançada pelo Washington Post esta quinta-feira relata o caso de uma criança da Guatemala que morreu horas depois de ter sido levada sob custódia pelo serviço de fronteiras dos Estados Unidos. Segundo o jornal norte-americano, a menina de sete anos morreu devido a desidratação.

A menina e o seu pai faziam parte do grupo de 163 migrantes que se entregou às autoridades americanas após terem passado ilegalmente a fronteira que liga o México aos Estados Unidos. A família foi detida a 6 de dezembro pelos serviços e, passadas oito horas da detenção, a criança começou a ter convulsões.

O Washington Post cita a Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos que confirma que, após ser levada para o hospital pediátrico de El Paso, a criança sofreu de uma paragem cardíaca. A menina não recuperou e morreu.

O porta-voz do serviço de fronteiras dos EUA, Andrew Meehan, afirmou ao jornal norte-americano que os agentes “tomaram todas as medidas possíveis para salvar a vida da criança sob as mais difíceis circunstâncias”.

A notícia indica que, de acordo com o comunicado do serviço, a menina “não teria comido ou consumido água durante vários dias”.

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) referiu-se à morte da criança como “o pior resultado possível quando as crianças são mantidas em condições desumanas”.


A morte da criança está a ser investigada pelo serviço de fronteiras dos EUA para determinar se as medidas apropriadas foram tomadas. Este caso ocorreu na fronteira perto da localidade de Lordsburg, no Novo México.

O caso dos migrantes que atravessam a América Central para chegar aos Estados Unidos tem vindo a ser destacado desde outubro, quando duas caravanas com milhares de pessoas iniciaram este percurso. Os migrantes fogem de situações de pobreza e violência vividas nos seus países.

O Presidente norte-americano tem vindo a defender o fecho da fronteira com o México. Face ao caso das caravanas, Donald Trump enviou militares para a fronteira de forma a travar a entrada dos migrantes.
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